14 set, 2017
Só o Sporting merece nota alta no apanhado rápido que pode fazer-se da estreia das equipas portuguesas na Liga dos Campeões.
O Benfica já fora arrumado pelos russos do CSKA, num desafio em que se esperava que pudesse ter feito bem melhor, seguiu-se-lhe o Futebol Clube do Porto, que ontem à noite, no Dragão, permitiu que pela primeira vez uma equipa turca saísse de Portugal com três pontos.
Mas não foi apenas isso. A exibição dos portistas, apenas convincente em curtos períodos do jogo, deixou à vista carências que permitem reforçar a ideia já expressa por alguns segundo a qual há, na Invicta, equipa, ou plantel se assim entenderem mais adequado, para consumo doméstico, mas que deixa escassas perspectivas de que possa voar com sucesso por essa Europa fora.
Constituído por alguns jogadores de grande valia, num lote em que é justo enquadrar Quaresma, Pepe e Talisca, o Besiktas parecia trazer a lição bem estudada para atirar os portistas ao tapete. Preenchendo bem todos os espaços do campo, e procurar ser objectivo ofensivamente, a equipa turca nunca permitiu ao vice-campeão português embalar no sonho de que poderia arrancar na Champions com uma vitória.
No Futebol Clube do Porto a “novidade” chamou-se sector defensivo.
Rodeado de hossanas nas suas prestações nacionais, e com toda a justiça acentue-se, não foi capaz de manter essa coesão e eficácia frente ao seu adversário de ontem à noite.
Razões: uma em especial, a grande qualidade dos movimentos ofensivos do Besiktas, que colocaram os portistas muitas vezes em palpos de aranha.
Não vale a pena falar do ranking da UEFA, porque aí mais uma vez saímos a perder.
A preciosa vitória do Sporting no dia anterior frente aos gregos, sendo importante não chega para fazer sonhar com uma ultrapassagem à Rússia na tabela.
E se assim continuarmos, a escalada descendente poderá tornar-se ainda mais perigosa.