05 set, 2017
O mundo assiste a um extremar de relações entre EUA e a Coreia do Norte.
As provocações do lado de Pyongyang intensificam-se a cada dia que passa, levando a diplomacia americana a afirmar nas Nações Unidas, símbolo institucional da valorização da paz no mundo, que a Coreia do Norte está a pedir guerra.
E, mais uma vez, tomam o primeiro lugar das preocupações de muitos, a reacção das bolsas de valores, os comportamentos dos mercados e até a eterna e sempre presente questão do petróleo… As máquinas de guerra e respectivos fornecedores fazem contas.
E as pessoas concretas? E os projectos e os sonhos de Deus para os coreanos, do Norte e do Sul, para os japoneses e para os outros povos da região?
Não podemos nem devemos ser conquistados pela globalização da indiferença, porque todos somos chamados a contrariar a narrativa do ódio e a construir a Paz , diz-nos o Papa Francisco.
A questão que hoje se coloca é clara: podemos continuar a assistir a estes graves acontecimentos com a mesma indiferença com que hoje lidamos com a questão dos refugiados, dos atentados terroristas ou até mesmo dos incêndios? Basta mudar de canal, de site ou virar a página para nos sentirmos imunes, isentos de qualquer reflexão, livres do sofrimento e da partilha, que a verdadeira solidariedade implica?
Ou podemos tomar a decisão de falar, de questionar, de reflectir sobre a realidade? Podemos tomar a decisão de não ficarmos indiferentes, de contrariar as escaladas do ódio e de participar na construção da Paz. Podemos, mas temos de o querer.