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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​A fartura chinesa

26 jul, 2017 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Relatam as agências que dos 16 clubes que disputam a divisão principal dos campeonatos daquele país asiático 13 não pagam salários aos seus jogadores, situação que coloca a competição em risco.

Da China têm chegado notícias preocupantes. Têm a ver com salários em atraso, por cá um tema recorrente durante algum tempo, mas silenciado nos tempos mais recentes. Felizmente.

O presidente do Sindicato dos Jogadores foi dando, nos últimos tempos, sinais de que as coisas não corriam bem entre os clubes portugueses, numa afirmação muito abrangente, a que não escapavam, por isso, os de maior dimensão.

Salários em atraso saíram das agendas, de todas as agendas, o que permite pensar que o futebol português abandonou essas práticas e resolveu ter juízo.

Sem que nada o fizesse esperar, as notícias mais recentes nesse domínio chegam-nos da República Popular da China.

Relatam as agências que dos 16 clubes que disputam a divisão principal dos campeonatos daquele país asiático 13 não pagam salários aos seus jogadores, situação que coloca a competição em risco.

Caso esta situação não esteja regularizada até ao próximo dia 15 de Agosto, os clubes prevaricadores ficarão impedidos de participar na próxima temporada. Quem diria que no emergente, mas já há muito considerado futebol multi-milionário chinês, esta situação pudesse acontecer ?

Os clubes mais importantes, dirigidos por Luís Filipe Scolari e André Villas-Boas são apontados como dois dos principais prevaricadores.

Estamos aqui perante um bom aviso, sobretudo para os jogadores que têm sido tentados pelo eldorado do outro lado do mundo.

E oxalá não comece agora o corrupio dos “charters da China” trazendo de volta aqueles que têm partido à conquista de um novo mundo.

Comentários
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  • De Cabeça
    27 jul, 2017 lisboa 09:56
    Não vejo qual a surpresa. A China tem aparecido ao mundo como uma enorme lavandaria de dinheiro sujo. O pior é que o aparelho do poder chinês está a apadrinhar tudo. Investem em jogadores, bancos, seguradoras e propriedades. O dinheiro é colocado em cima da mesa como se eles fossem donos do mundo. Mas esse dinheiro é sujo, vem do ópio, da exploração humana e de outras jogadas do submundo do crime. Mas uma coisa é lavar o dinheiro, outra coisa é saber gerir e rentabilizar os negócios. No futebol ... esqueceram-se desse detalhe: aquilo tem que gerar receitas.