• D. Francisco de Senra Coelho
Hoje, o Evangelista S. Mateus narra-nos várias parábolas: As Parábolas do trigo e do joio, do grão de mostarda e a do fermento. Na mentalidade da época de Jesus, pensava-se que com a chegada do Reino de Deus, chegaria também para todos o bem universal e que os maus seriam simplesmente eliminados pelo fogo vindo do céu. Assim parece ter pensado João, o Batista e pelo menos alguns dos discípulos de Jesus: Queres que mandemos vir fogo do Céu? Ora, no tempo de Mateus, mais de cinquenta anos depois da morte de Jesus, nada disto aconteceu; o mal continuava a coabitar com o bem. A esta realidade S.Mateus tenta responder com a parábola do trigo e do joio, pois o bem e o mal não podem ser separados, pois tem que crescer e conviver juntos; todos temos bem e mal em nossos corações. A linha que separa o bem do mal passa dentro do coração do ser humano. As Parábolas do Grão de Mostrada e do fermento mostram-nos a desproporção que existe entre o começo humilde e o grandioso resultado final do reino de Deus. Um pequeno grão de mostarda dá origem a um grande arbusto e uns gramas de fermento levedam a massa.