11 jul, 2017
O país evocou ontem o maior feito alcançado no futebol, a conquista do Campeonato da Europa. Pelas televisões, sobretudo, passaram durante todo o dia muitas das imagens que há um ano deixaram todos os portugueses possuídos de uma benfazeja loucura, recordando momentos inesquecíveis de que os vindouros irão sentir muito orgulho.
As figuras, os golos, as palavras, estão e ficaram na história.
Especialmente os golos, aqueles que enchem os momentos mais sublimes e arrebatadores de um jogo.
Entre todos os que a nossa selecção foi capaz de marcar e nos conduziram à vitória, está no entanto um que marca o encontro com a glória e o esplendor de toda uma festa.
Éder, seu autor, tido por quase todos como o herói improvável, parecia ter aí escancarado a porta para um futuro de sucesso.
Terá feito então a escolha menos recomendável, vinculando-se a um clube francês, no qual certamente não iria ser recebido, como não foi, com sorrisos e abraços.
Passado um ano repleto de dificuldades e frustrações, Éder viu agora ser-lhe apontada a porta de saída para um futuro cheio de incertezas.
Já não fazendo parte das opções do seleccionador, como parece, a até há pouco arma secreta de Fernando Santos vê também abater-se sobre si um drama cuja dimensão não é por agora possível calcular.
Éder tem certamente à sua frente um longo e difícil caminho a percorrer..
Mas sempre com a certeza de que os portugueses continuarão a considera-lo o seu herói, e que a história não deixará de reservar-lhe um lugar muito especial.
Para sempre!