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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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O drama de Éder

11 jul, 2017 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Passado um ano repleto de dificuldades e frustrações, Éder viu agora ser-lhe apontada a porta de saída para um futuro cheio de incertezas.

O país evocou ontem o maior feito alcançado no futebol, a conquista do Campeonato da Europa. Pelas televisões, sobretudo, passaram durante todo o dia muitas das imagens que há um ano deixaram todos os portugueses possuídos de uma benfazeja loucura, recordando momentos inesquecíveis de que os vindouros irão sentir muito orgulho.

As figuras, os golos, as palavras, estão e ficaram na história.

Especialmente os golos, aqueles que enchem os momentos mais sublimes e arrebatadores de um jogo.

Entre todos os que a nossa selecção foi capaz de marcar e nos conduziram à vitória, está no entanto um que marca o encontro com a glória e o esplendor de toda uma festa.

Éder, seu autor, tido por quase todos como o herói improvável, parecia ter aí escancarado a porta para um futuro de sucesso.

Terá feito então a escolha menos recomendável, vinculando-se a um clube francês, no qual certamente não iria ser recebido, como não foi, com sorrisos e abraços.

Passado um ano repleto de dificuldades e frustrações, Éder viu agora ser-lhe apontada a porta de saída para um futuro cheio de incertezas.

Já não fazendo parte das opções do seleccionador, como parece, a até há pouco arma secreta de Fernando Santos vê também abater-se sobre si um drama cuja dimensão não é por agora possível calcular.

Éder tem certamente à sua frente um longo e difícil caminho a percorrer..

Mas sempre com a certeza de que os portugueses continuarão a considera-lo o seu herói, e que a história não deixará de reservar-lhe um lugar muito especial.

Para sempre!

Comentários
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  • MASQUEGRACINHA
    11 jul, 2017 TERRADOMEIO 17:20
    Pois é, um texto muito, muito a puxar ao dramalhão... E não haverá por aí quem contrate o herói, nesta sua hora tão dramática? Eu, que desde já assumo não perceber nada de futebol, só tenho a dizer que esquisito, esquisito, é o herói ter sido ejectado sumariamente da selecção. Homessa, nem que fosse para ficar sentado no banco! Cheguei a pensar que ele estivesse a passar alguma daquelas más fases típicas dos futebolistas deslumbrados, noitadas, copos e gajas, e etc. e tal. Mas não, está até com melhor aspecto! Não acreditando que seja um caso de simples ingratidão, faz-me confusão o assunto - e julgo que o mesmo se passará com muita gente. Gosto muito de rever o golaço do Éder e a incrédula histeria dos comentadores... e também a mão do Éder na bola, com o desgraçado do francês a pagar as favas, tudo entre nuvens de mariposas. É a poesia do futebol. O Éder merecia e devia estar na seleção. A menos que alguma coisa de muito pouco poético se passe...
  • Mário Ferreira
    11 jul, 2017 Vialonga 13:26
    O Éder ja estava no Lille antes do compeonato da Europa. Por isso a frase "Terá feito então a escolha menos recomendável, vinculando-se a um clube francês, no qual certamente não iria ser recebido, como não foi, com sorrisos e abraços." não faz sentido nenhum.
  • Rita Nunes
    11 jul, 2017 Lisboa 08:34
    "Drama" ??? O senhor não pesa mesmo as palavras. Tanto verdadeiro drama à face da terra e vem com estas balelas. Falta de decoro, de decência, de vergonha.