21 abr, 2017
Terminada mais uma ronda europeia, e de novo com portugueses em foco (José Mourinho e Anthony Lopes) apesar das dificuldades por que passaram ambos nos jogos de ontem à noite, todas as atenções passaram a convergir para o grande derby/clássico que amanhã vai colocar à prova Sporting e Benfica no majestoso cenário do estádio José Alvalade.
Como sempre acontece em circunstâncias como a de agora, não há vencedor antecipado.
E pode até nem haver sequer vencedor.
Dos dois lados, vão estar perspectivas diferentes, com a equipa anfitriã a lutar pela honra da casa, e a outra a pretender não perder de vista a possibilidade de dar mais um passo em frente rumo à conquista do título, o que está longe de estar assegurado.
O mais importante é o desafio em si. Frente a frente vão colocar-se duas equipas de qualidade, com modelos de jogo diferentes é certo, mas com intérpretes que são capazes de oferecer urbi et orbi – à cidade e ao mundo - uma noite cheia de magia, susceptível de galvanizar milhões de espectadores em todo o mundo.
Cabe também aos treinadores contribuir para que tenhamos uma noite perfeita.
O alarido que tem sido feito nos mais variados tons à volta do derby, com acusações e ofensas à mistura e culpas de ambos os lados, tem forçosamente de dar lugar a uma imagem diferente.
Nisso caberá o contributo dos jogadores, também eles promotores de um bom trabalho do árbitro Soares Dias e, muito especialmente do público.
A rivalidade que existe há mais de cem anos não poderá servir nunca para comportamentos marginais, sendo exigível que o prestígio das duas colectividades não seja minimamente beliscado.
Honre-se, acima de tudo, o lugar que já conquistámos no nosso velho continente.
No relvado, vão estar alguns campeões europeus que merecem que o seu esforço e o título que dele emanou de Julho passado não sejam delapidados.