Sábado, 25 de março 2017

Isabel Figueiredo

Foi difícil chegar à pequena Igreja. A estrada cheia de curvas, a chuva persistente e o desconhecimento do caminho, tornaram aquele início de tarde quase incómodo.

A primeira surpresa foi entrar numa igreja de paredes imaculadamente brancas, de portas abertas e cheia de gente. Avançamos, na pressa de chegar junto da nossa amiga, no desejo de lhe abraçar a dor que sentia. E assim foi. A dor não é menor, mas partilhada parece ficar mais leve. Só depois me consegui sentar e olhar à minha volta.

Tudo estava cuidado. Mas um cuidado que revelava uma atenção amorosa a cada detalhe. O altar, as imagens, os panos. Um leve cheiro a incenso, acrescentava a beleza de uma Celebração, que apesar de nos reunir pela dor de uma morte, nos centrou na vida eterna.

Nesta manhã de Sábado eu Te peço Jesus, pelas filhas que choram a partida da sua Mãe. E Te agradeço pelos dois sacerdotes que nos acompanharam.

O Padre que numa homília próxima, suave e feliz, nos fez sorrir pela certeza de que Tu, Jesus, nos esperas de braços abertos.

E o Padre que cuida daquela Tua Igreja, Jesus, onde cada banco, cada altar, cada imagem, são sinal de um Amor maior, de uma devoção que nos remete para séculos de Fé.

Senti uma imensa gratidão por tantos sacerdotes, velhos e novos, que dão as suas vidas por Ti e as vão gastando, todos os dias, por nós.

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