23 mar, 2017
O campeonato da Liga portuguesa está na sua fase mais importante. A oito jornadas do seu termo o campeão está por encontrar havendo dois candidatos, os mais prováveis, que vão defrontar-se na ronda que se seguirá, daqui por cerca de dez dias.
Em ocasiões como esta sobe, naturalmente, a adrenalina. O Benfica-FCPorto está à porta.
Saltam por isso, de todos os lados, as mais diversas conjecturas misturando, muitas vezes, o facto de se tratar de um simples desafio de futebol, com posições aciduladas envolvendo acusações que ajudam a subir de tom aquelas que deveriam ser antes opiniões sadias.
O facto de benfiquistas e portistas estarem separados por apenas um ponto não justifica tudo.O resultado final de um jogo certamente electrizante vai ser decidido dentro das quatro linhas.
As discussões mais acesas e, por vezes, sem sentido apenas servirão para carregar manchetes e proporcionar os sons da rádio e as imagens da televisão mais grotescas.
No meio de tudo quanto já foi dito sobre a situação actual (o pior pode estar para vir), uma antiga glória do nosso futebol, António Simões, veio ontem tentar colocar alguma água na fervura.
“Espero um bom jogo, do melhor deste país”, palavras suas, às quais junta outras: “Convém não extremar e prejudicar os valores do respeito. O ambiente está muito crispado.
Os processos disciplinares parece que jogam em todo o lado, e é importante evitar essa crispação. Toda a gente fala, mas ninguém sabe o que diz. É tempo de se calarem”.
Palavras importantes, que merecem ser escutadas com atenção, para que, a partir delas, seja possível chegar à ponderação que é sempre recomendável em momentos como este.