22 mar, 2017
Ultrapassando todos os recordes europeus, o futebol português, a nível de primeira Liga profissional, acaba de atingir uma marca impressionante no que toca a mudanças de treinadores.
Dezassete, ao todo, já passaram pelos dezoito clubes que disputam o campeonato, não se sabendo ainda, a oito jornadas do termo da competição, se este número não virá a ser ultrapassado.
Neste momento, somente cinco clubes mantêm os treinadores com que iniciaram a prova: Benfica, Futebol Clube do Porto, Sporting Clube de Portugal, e os dois Vitória, o de Guimarães e o de Setúbal.
Ou seja, apenas Rui Vitória, Nuno Espírito Santo, Jorge Jesus, Pedro Martins e José Couceiro, não sentiram os efeitos daquilo a que todos convencionámos chamar “chicotada psicológica”, ainda que nem tudo tenha corrido bem a alguns integrantes deste quinteto em determinadas alturas da actual liga.
Alguns dos clubes que fazem parte da lista dos atingidos passam a conhecer o seu terceiro treinador numa só temporada. É obra!
Claro que os resultados que se pretendem com estas decisões são sempre e inevitavelmente os melhores, perante situações que prenunciam finais de campeonato desagradáveis.
Independente dos resultados conseguidos parece-nos também recomendável que sejam feitas contas, não aos pontos mas aos contos, ou melhor, aos euros.
Clubes em dificuldades financeiras, e estão quase todos nesta situação, deixam bastas vezes questões relacionadas com rescisões para os tribunais resolveram, o que não parece uma solução ajustada à sua sobrevivência.
Claro que este não é um problema exclusivo do futebol português. Mas a verdade é que também neste domínio passámos a ser os campeões da Europa.