23 fev, 2017
Mesmo tendo consciência plena de que o desafio com a Juventus, a contar para a Liga dos Campeões, tinha todas as condições para se tornar num obstáculo difícil de transpor pelos dragões, parecia legítimo sonhar com a possibilidade de, a jogar em casa, ser possível chegar a um resultado equilibrado, que remetesse a decisão final para o outro jogo, no dia 14 de Março, em Turim.
No entanto, cedendo dois golos sem resposta frente aos campeões italianos, os portistas condicionaram bastante a possibilidade de saírem incólumes dos oitavos de final da mais importante competição da UEFA.
Para o que aconteceu no estádio do Dragão há motivos que ficaram bem à vista.
Dois cartões amarelos no espaço de três minutos ao mesmo jogador, Alex Teles, e daí a sua consequente exclusão do jogo, obrigaram o técnico Nuno Espírito Santo a reformular a estratégia que até então estava a condicionar com sucesso da Juventus.
Depois, no espaço de dois minutos, aos 74 e 76, dois golos inapeláveis determinaram a sorte do jogo.
E, a partir de então, passou a justificar-se amplamente o título acima: “difícil sim, impossível não.”
Há exemplos de sobejo de situações imprevistas nas taças europeias, pelo que, a jogar onze contra onze, o Futebol Clube do Porto pode escrever uma página diferente nesta história.
Tem capacidade para isso, e deixou-o à vista ontem à noite enquanto esteve em situação de paridade com o seu adversário transalpino.
A Juventus que vimos na cidade Invicta confirmou a sua classe, e a razão que justifica a liderança no campeonato italiano e, mais além, a pretensão de ganhar a presente edição da Liga dos Campeões Europeus.
Partiu ainda mais favorita de Pedras Rubras, mas a verdade é que faltam noventa minutos para poder confirmar esse favoritismo.