08 fev, 2017
A conquista pela selecção portuguesa do Campeonato da Europa de 2016 abriu caminho a uma longa série de homenagens a todos quantos tiveram intervenção directa em tão histórico acontecimento.
A mais retumbante de todas teve lugar logo no dia imediato ao inesquecível jogo da final em Paris, em que a nossa selecção derrotou a congénere francesa, com o tal golo sempre incensado de Éder, quando milhares de pessoas receberam a selecção em delírio no aeroporto e a acompanharam numa longa travessia da cidade de Lisboa, que haveria de terminar em apoteose no Palácio de Belém.
Fernando Santos tem sido o alvo central de todas essas homenagens, sem que no entanto possam ser ignorados todos os jogadores pelo papel decisivo que protagonizaram durante essa campanha, seguida fielmente por milhões de portugueses que, em especial em território francês, prodigalizaram a todos um apoio que acabou por significar um importante contributo para a conquista do maior galardão de sempre do futebol português.
Depois de a FIFA ter participado activamente naquele que na altura foi considerado um acto falhado ao eleger Cláudio Rannieri como o melhor treinador do planeta, um técnico em cujo currículo consta apenas a vitória do Leicester na Premiership, o nosso Fernando Santos acaba de ser distinguido pela Associação de Imprensa Estrangeira a trabalhar entre nós com o prémio “Personalidade do Ano – Martha de la Cal”, reconhecendo-o como a personalidade que mais contribuiu para o prestígio de Portugal no exterior.
Para confirmar todos os atributos de Fernando Santos, bastaria ter escutado a excelente intervenção do Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que presidiu à cerimónia e lhe entregou o troféu.
Fernando Santos tem sido um Homem exemplar e um profissional de alto gabarito.
A sua Fé e determinação inquebrantáveis, mesmo quando quase todos já tinham deixado cair os braços, confirmam-no como um exemplo modelar para a nossa sociedade.
É de portugueses como ele que o país necessita para melhorar a sua imagem, lá fora e cá dentro, mesmo quando no futebol não tiver possibilidades de voltar aos triunfos como aquele que, por agora, todos nós ainda festejamos efusivamente.