02 fev, 2017 • Fátima Casanova
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Por telefone, porta-a-porta ou em excursões, as chamadas vendas agressivas continuam a ser prática habitual e a fazer vítimas.
Sob pretexto de receber um prémio ou fazer exames médicos, muitos consumidores são atraídos a empresas onde acabam por assistir a demonstrações comerciais e são convencidos a despender elevados montantes em dinheiro.
As excursões são também um clássico. Neste caso, os reformados são as presas mais fáceis, porque têm disponibilidade e as viagens apresentam um preço vantajoso.
Caso Real:
Um casal morador em Lisboa foi convidado a deslocar-se a uma empresa sob pretexto de fazer um rastreio à diabetes.
No final, foi-lhe mostrado um aparelho de reabilitação com o valor de 1.590 euros. Pagaram de imediato 800 euros e levaram o aparelho para casa.
Numa busca pela internet, encontraram o mesmo aparelho por cerca de 60 euros.
O casal reconheceu que foi enganado e pediu ajuda à associação de defesa do consumidor Deco, que o aconselhou a cancelar o contrato.
O que fazer?
Antes de tudo, desconfie de qualquer oferta que inclua demonstrações comerciais.
Em 2016, a Deco já recebeu cerca de 3.000 reclamações, mais do que ao longo de 2015.
O truque clássico é o telefonema. O telefone toca e do outro lado alguém dá a boa notícia: ganhou uma semana de férias no Algarve, por exemplo.
As questões de saúde também são utilizadas como isco e por vezes os vendedores até aparecem de bata branca. Depois vendem-se almofadas ou colchões.
Sempre que se deparar com um tipo de abordagem assim, associada a uma oferta, o melhor é informar-se se inclui demonstrações comerciais para não ser apanhado desprevenido.
Uma vez lesado, e porque se trata de um contratos celebrados à distância ou fora do estabelecimento comercial, tem 14 dias para o cancelar. Deve fazê-lo através de carta registada com aviso de recepção.