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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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Falta dinheiro na Saúde

24 jan, 2017 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Importa reformar o SNS, salvaguardando a protecção aos mais carenciados.

A natalidade em Portugal parece recuperar um pouco desde há dois anos. Mas tinha atingido um ponto baixíssimo – a segunda mais baixa taxa de natalidade da UE.

Entretanto, a esperança de vida aumenta, e ainda bem. Só que há problemas com a qualidade de vida dos mais velhos.

O rápido envelhecimento da população coloca desafios complicados. Não é só nas finanças da Segurança Social, onde cada vez menos trabalhadores activos descontam para um número crescente de reformados, o que implica maior recurso ao dinheiro dos contribuintes, trabalhadores ou não.

Também na saúde sobem as despesas, porque à medida que a idade avança multiplicam-se as doenças. Mas os constrangimentos orçamentais impõem limites à despesa pública na saúde.

Por isso, o Serviço Nacional de Saúde é subfinanciado, com médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar mal pagos e por isso a saírem para o sector privado e/ou para o estrangeiro.

O ministro da Saúde tem lutado contra esta quadratura do círculo. Mas não pode fazer muito mais. Importa reformar o SNS, salvaguardando a protecção na doença aos mais carenciados.

Comentários
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  • Vasco
    24 jan, 2017 Santarém 21:38
    Certamente que o SNS vai em breve (parece já tardar um pouco) entrar nos carris isto tendo em consideração a conversa dos três partidos que atualmente constituem a troika governativa antes de terem o Poder nas mãos porque caso contrário não passará de conversa fiada como é costume dizer-se.
  • Justus
    24 jan, 2017 Espinho 20:25
    Sarsfield Cabral é bem claro na sua opção: acabar com o SNS tal qual existe. E di-lo expressamente e com todas as letras: importa reformar o SNS, salvaguardando a proteção na doença aos mais carenciados. Onde já ouvimos isto? Durante o governo de Passos Coelho que apostou tudo no desmantelamento do SNS, que deveria existir apenas para indigentes e sem abrigo. Claro que não conseguiu, mas deixou as suas marcas e os seus seguidores, como Sarsfield Cabral. Gostaríamos de lhe perguntar se recorre sempre aos serviços privados de saúde quando necessita de ajuda médica. Certamente que a sua resposta, como a de muitos outros seguidores deste esquema, seria negativa, porque o nosso dinheiro, o dinheiro dos contribuintes, aqui está para se satisfazerem e governarem o melhor que puderem e, depois, virem ainda defender os tachos dos seus amigos que, no privado, vivem muito à custa do erário público. Porque é que o governo anterior, que até tinha maioria no Parlamento, nada fez nem reformou o SNS? E porque é que Sarsfield Cabral não escrevia e incentivava esse governo a reformar? De um momento para o outro deu-se de dores pelos carenciados, pelos refugiados, pelos funcionários públicos, etc., etc. Mas a nossa memória não é curta e sabemos bem quem é que ontem dizia uma coisa e hoje diz, precisamente, o seu contrário. Como já dizia Cristo: ai de vós escribas e fariseus hipócritas.
  • Marco Visan
    24 jan, 2017 Lisboa 19:33
    Sarsfield Cabral nunca foi pela reforma do serviço nacional de saúde, porque nunca acreditou no serviço nacional de saúde. Quanto a Vítor Lopes e Domingos, um comentário sem justificação nenhuma e sem crítica ao tema, passa por acto irreflectido ou até mesmo cobarde. Por favor, Vítor Lopes e Domingos sejam mais construtivos.
  • MASQUEGRACINHA
    24 jan, 2017 TERRADOMEIO 19:10
    Uma abordagem (muitíssimo) superficial a um (gravíssimo) problema, onde falta, por exemplo, o simples facto de os "empregadores activos" quererem descontar cada vez menos para a Seg. Social, em regime de compensação automática pelo aumento do miserável salário mínimo - com a evidente consequência do recurso ao dinheiro dos contribuintes. Pois é, assim não vamos lá. S. Cabral não especifica que tipo de "reforma" preconizaria para o SNS, mas a exceção da "salvaguarda dos mais carenciados" franze-me o nariz... Será que seria à la mode da "reforma" escolar, em que, no fim de contas, o que se pretendia era que a escola pública ficasse dedicada às bolsas de "casos complicados" que a privada, mesmo paga pelo Estado, rejeitava "seletivamente"? Afinal, neste país de histórica inépcia económica e financeira, que serviço público não está subfinanciado? Enquanto o PIB for desviado para o pagamento de juros usurários e salvação de bancos "sistémicos" e PPPs e swaps delirantes, bem podemos pagar e pagar e pagar impostos que sempre tudo continuará subfinanciado. A solução não passa por subfinanciar até sufocar, tornando aceitável e desejável a alternativa da privatização. Em países realmente civilizados pagam-se impostos altíssimos, mas usufrui-se de serviços públicos e não se quer outra coisa. A solução passa por 1) recuperarmos espaço de manobra e 2) passarmos a aplicar o dinheiro público em serviço público. É mais difícil do que privatizar e prontos? Pois é. E então? Desistimos?
  • Jorge
    24 jan, 2017 Seixal 19:03
    Importa reformar o SNS. Sempre que ouço a palavra reformar, seja em que área for, por este senhor e outros da mesma cor, fico logo desconfiado e a pensar: quais são os próximos cortes?
  • Vitor Lopes
    24 jan, 2017 Lisboa 15:44
    Miguel Botelho, continua nos seus ataques covardes ao Dr. Sarsfield Cabral
  • João Galhardo
    24 jan, 2017 Lisboa 12:59
    De facto, Sarsfield Cabral foi sempre contra uma política de saúde para todos. Não deixa de ser surpreendente que agora queira defender o serviço nacional de saúde. Infelizmente, continuo a verificar comentários bastante infelizes, como o caso do Sr. Domingos. Pessoas como o Sr. Domingos entendem crítica necessária e construtiva como ataque pessoal. Outros entendem que a figura de Sarsfield Cabral não deve ser beliscada. Se alguma coisa existe de melhor numa democracia, é a livre expressão para verificar que Sarsfield Cabral não é isento.
  • Domingos
    24 jan, 2017 Ancora 12:21
    Bom!!! Continuam os ataques pessoais! Como verifico na "constatação" do "isento"" comentário como o Senhor M Coelho - exemplo do primeiro anti-isento. Paciência....
  • JULIO
    24 jan, 2017 vila verde 09:28
    O que fata na saude é mais corrupção,os medicos a dizerem uma coisa no privado e outra no publico, ao mesmo doente
  • Miguel Botelho
    24 jan, 2017 Lisboa 08:36
    Quanta hipocrisia a de Sarsfield Cabral. Sempre foi contra a política de saúde para todos. Agora que temos um governo socialista no poder, com acordo de partidos que defendem o SMS, Sarsfield Cabral vem mostrar a sua preocupação. Atenção que aquilo que estou a comentar, não é nenhum ataque pessoal. É apenas uma constatação: uma evidência.