24 jan, 2017
A natalidade em Portugal parece recuperar um pouco desde há dois anos. Mas tinha atingido um ponto baixíssimo – a segunda mais baixa taxa de natalidade da UE.
Entretanto, a esperança de vida aumenta, e ainda bem. Só que há problemas com a qualidade de vida dos mais velhos.
O rápido envelhecimento da população coloca desafios complicados. Não é só nas finanças da Segurança Social, onde cada vez menos trabalhadores activos descontam para um número crescente de reformados, o que implica maior recurso ao dinheiro dos contribuintes, trabalhadores ou não.
Também na saúde sobem as despesas, porque à medida que a idade avança multiplicam-se as doenças. Mas os constrangimentos orçamentais impõem limites à despesa pública na saúde.
Por isso, o Serviço Nacional de Saúde é subfinanciado, com médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar mal pagos e por isso a saírem para o sector privado e/ou para o estrangeiro.
O ministro da Saúde tem lutado contra esta quadratura do círculo. Mas não pode fazer muito mais. Importa reformar o SNS, salvaguardando a protecção na doença aos mais carenciados.