23 jan, 2017
Cumprida a jornada dezoito, o campeonato da primeira Liga acaba de entrar na segunda volta com alguns factos de relevo a assinalar.
Desde logo, fazendo jus às previsões, o Benfica consolidou a liderança, enquanto o Futebol Clube do Porto tornou mais consistente o seu segundo lugar.
Arrostando com enormes dificuldades na sua deslocação à Madeira, o Sporting regressou com um magro ponto que o atira para uma posição cada vez mais incómoda.
E, no clássico do Minho, viu-se a outra face da moeda da primeira volta, ou seja, o Vitória foi a Braga encostar o seu adversário mais tradicional, não só mantendo o quinto lugar da tabela, mas conseguindo arrimar-se ao adversário que o antecede, face ao qual fica agora separado por apenas um ponto.
Estes são os factos. Porém, há “a latere” causas para a situação que passou a vigorar e que não são despiciendas.
A mais relevante de todas relaciona-se com aquilo que aconteceu na Madeira, onde um árbitro assistente vesgo conseguiu ver aquilo que pelos vistos escapou a toda gente.
Ou seja, contribuiu directamente para que o Sporting saísse com menos dois pontos do jogo em que defrontou o Marítimo, uma equipa de qualidade, diga-se com a justiça, e que se bateu até ao fim por um resultado que lhe acarretasse proveitos.
E este foi o erro mais gritante entre vários outros, em diversos jogos, que acabaram por não ter, como aquele, influência tão decisiva no resultado.
Convirá, no entanto, não esquecer que um campeonato tão longo como o nosso fica sempre inevitavelmente marcado por lapsos como aquele que se registou no Caldeirão, e que prejudicam ou beneficiam todos os contendores.
Não tenhamos dúvidas de que estas situações voltarão a acontecer, reavivando a discussão que terá como protagonistas sobretudo os clubes mais credenciados.
No fim se farão as contas.
No rescaldo da jornada olha-se para uma classificação curiosa e pouco habitual.
E o que vemos? Simplesmente um Benfica comodamente instalado no comando, um FC Porto sem concorrência para o segundo lugar, e depois um trio que ainda vai suar as estopinhas para atacar as posições europeias, que dão prestígio e, sobretudo, dinheiro.
Claro que com 16 jogos por realizar há ainda muitas histórias para contar. O que fica por saber é quais serão os seus principais protagonistas.