17 jan, 2017
Os longos meses (quase um ano) durante os quais Espanha viveu sem um governo em plenas funções deixaram marcas.
Os socialistas do PSOE perderam votos; o seu líder, Pedro Sanchez, opôs-se a deixar passar o governo minoritário de Rajoy. Mas foi derrotado dentro do PSOE e demitiu-se. Agora talvez se recandidate, enfrentando a presidente da Junta da Andaluzia, Susana Díaz.
O Podemos, mais à esquerda, parecia ir aproveitar os problemas do PSOE e tomar o seu lugar como primeiro partido da esquerda. Mas também no Podemos eclodiu uma profunda divisão.
Criado por jovens professores universitários (ciência política), o Podemos teve uma ascensão fulgurante. Só que o presente conflito entre o líder, Pablo Iglesias, e o número dois do partido, Íñigo Errejón, ameaça a sua popularidade.
Iglesias pretende seguir uma agressiva linha de esquerda radical. Já Errejón é favorável a uma opção mais moderada. Um referendo interno realizado no fim do ano passado mostrou que Iglesias tem mais apoiantes, mas não muitos mais. A divisão continua.