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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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Divisões na esquerda em Espanha

17 jan, 2017 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


O PSOE está dividido. Mas o Podemos passa também por um grave conflito interno.

Os longos meses (quase um ano) durante os quais Espanha viveu sem um governo em plenas funções deixaram marcas.

Os socialistas do PSOE perderam votos; o seu líder, Pedro Sanchez, opôs-se a deixar passar o governo minoritário de Rajoy. Mas foi derrotado dentro do PSOE e demitiu-se. Agora talvez se recandidate, enfrentando a presidente da Junta da Andaluzia, Susana Díaz.

O Podemos, mais à esquerda, parecia ir aproveitar os problemas do PSOE e tomar o seu lugar como primeiro partido da esquerda. Mas também no Podemos eclodiu uma profunda divisão.

Criado por jovens professores universitários (ciência política), o Podemos teve uma ascensão fulgurante. Só que o presente conflito entre o líder, Pablo Iglesias, e o número dois do partido, Íñigo Errejón, ameaça a sua popularidade.

Iglesias pretende seguir uma agressiva linha de esquerda radical. Já Errejón é favorável a uma opção mais moderada. Um referendo interno realizado no fim do ano passado mostrou que Iglesias tem mais apoiantes, mas não muitos mais. A divisão continua.

Comentários
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  • Vitor Lopes
    17 jan, 2017 Lisboa 15:13
    JUSTUS, porque não te calas? lê, respeita e aprende com os artigos do Dr. Francisco Sarsfield Cabral, pelo teu comentário não necessitas dizer de onde vens
  • Alberto
    17 jan, 2017 C 14:46
    A culpa é do trump...
  • Justus
    17 jan, 2017 Espinho 12:30
    Blá, Blá, Blá. Vemos aqui Sarsfield Cabral muito preocupado com partidos estrangeiros (espanhóis), mas esquece-se, propositadamente, dos partidos portugueses! Porque não começa a falar do PSD, dos seus conflitos internos e da luta pela liderança? Porque não analisa as cambalhotas de um partido troca tintas que hoje diz uma coisa e amanhã outra, que ontem defendeu determinados princípios e agora vem dizer que o que vale é "salve-se quem puder"? Mais que saber se o Podemos, o PSOI ou o PP têm mais ou menos preponderância em Espanha interessa-nos saber o que se passa em Portugal e como é possível um partido rejeitar aquilo que sempre disse que era bom para o país apenas e tão só por birra de meninos de escola. Sobre isto, Sarsfield Cabral não fala nem escreve, porque só fala e escreve o que lhe convém e está no seu direito. Só que depois, como é natural, vêm as incessantes incoerências, contradições, faltas de memória, etc., etc.