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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Ajustar critérios

12 jan, 2017 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Não faz qualquer sentido que a família da arbitragem se mantenha fechada no seu casulo, dando por isso azo a todas polémicas e a todas as críticas.

Foi criada grande expectativa à volta da anunciada reunião para a qual o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol convocou todos os clubes das duas Ligas do futebol profissional.

Em cima da mesa estavam as múltiplas reclamações surgidas nos últimos tempos relativas às actuações de alguns árbitros, sobretudo nos jogos mais mediáticos, tanto dos campeonatos como da Taça da Liga.

A primeira nota aponta para a oportunidade deste importante encontro.

Mesmo não tendo marcado presença as primeiras figuras dos clubes mais importantes, a verdade é que não se perdeu o impacto desejado, não ficou abalado o interesse da reunião.

De todos os temas abordados, dois houve que assumiram especial relevância:

- o primeiro, tem a ver com disponibilidade do Conselho para, dentro do mais curto espaço de tempo possível, iniciar a divulgação dos relatórios do árbitros após os jogos que venham a dirigir. Trata-se de uma mudança sobre a qual devem incidir todas as cautelas, pelo que não poderá ser precipitada a decisão de levar por diante essa intenção.

- depois, a abertura do Conselho de Arbitragem, que vai no sentido de passar a haver uma mais eficaz comunicação com os outros agentes do futebol. De facto, não faz qualquer sentido que a família da arbitragem se mantenha fechada no seu casulo, dando por isso azo a todas polémicas e a todas as críticas.

Para além disto, foram ainda analisadas situações concretas de lances que geraram discussão em vários jogos, nos quais o Conselho deu razão às decisões arbitrais na maioria dos casos, o que, como é natural, não mereceu a aprovação da maioria dos delegados presentes.

Apesar das dissonâncias registadas, o Conselho de Arbitragem registou o carácter franco aberto e proveitoso que marcou a reunião, na qual se pretendeu ajustar critérios nas actuações dos juízes

Se algo mudar nas jornadas que se seguem, terá valido a pena levar por diante esta iniciativa, que se deseja ver repetida com a frequência desejável.

Comentários
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  • De Cabeça
    12 jan, 2017 Lisboa 13:45
    Demasiados interesses económicos em jogo. Televisões que querem audiências, clubes que querem prémios de participação em provas internacionais, Dirigentes que querem manter o tacho (alguns não têm onde se agarrar), etc, etc, etc. Jogar à bola e competir é o que menos interessa. Mas vão perder, porque o futebol é um espectaculo que serve para ser vendido e gerar dinheiro (vejam NBA e Premier League). Temos que ter bons estádios, familias a enche-los e muito merchandising (ou outros negócios como a comida) para serem vendidos. Não podemos ter agentes desportivos, nomeadamente dirigentes, a colocar em causa a sua indústria e a rentabilidade da mesma.
  • manuel gomes
    12 jan, 2017 gondomar 13:25
    Como a dias disse num comentário que não foi divulgado pelo fato de dizer que o Sr. Ribeiro Cristóvão não estava a corresponder a opinião que tinha dele como um grande jornalista por quem tive outrora admiração, mas que neste momento não está a ser correto, digo-lhe que ao contrario do que ele diz neste texto os árbitros não tem razão e o Sr. Fontelas gomes deveria ser correto nas afirmações que faz, pois independentemente da cor clubística tem havido erros em que o CA quer tapar o sol com a peneira, as arbitragens de um modo geral em todos os jogos são péssimas e incompetentes, chegando ao ridículo do Sr. Luís gordinho ter expulso um jogador por o ter atropelado e depois ter a descaradez de não falar verdade e dizer no relatório que foi por palavras(artimanha usada por quem não tem coragem) e pior ainda ser o jogador castigado pelo que não fez, isto só demonstra que o CA não é correto e só faz fé nas palermices que os árbitros escrevem e não no que se vê ou pode ver nas imagens que não enganam, prejudicando duplamente certos jogadores e ou certos clubes, por exemplo reconhecem que houve um penalty num certo jogo quando houve mais que um, estando o CA a passar um atestado de burro ao simples adepto que está a desembolsar para eles mamar, tenham juízo, sendo certos e determinados clubes prejudicados, vejam por ex. o penalty sobre o andre andre que não foi e o sobre o rafa que foi, situações iguais e para o cegos do CA um é e o outra não, ganhem juízo.
  • manuel pereira silva
    12 jan, 2017 maia 11:52
    Este sportinguista reformado que tire as palas.
  • Mercury
    12 jan, 2017 Porto 11:06
    Esta reunião é tempo perdido. Os prejuízos já causados nunca serão ressarcidos. O resultado vai ser completamente inócuo. Tudo vai ficar como dantes e o ruído vai continuar a fazer-se ouvir, e cada vez mais alto. O futebol está a perder o pouco encanto que ainda tinha, com estes figurantes paralelos. Na próxima jornada novos episódios vão surgir. É o fim do futebol que se lamenta.