12 jan, 2017
Foi criada grande expectativa à volta da anunciada reunião para a qual o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol convocou todos os clubes das duas Ligas do futebol profissional.
Em cima da mesa estavam as múltiplas reclamações surgidas nos últimos tempos relativas às actuações de alguns árbitros, sobretudo nos jogos mais mediáticos, tanto dos campeonatos como da Taça da Liga.
A primeira nota aponta para a oportunidade deste importante encontro.
Mesmo não tendo marcado presença as primeiras figuras dos clubes mais importantes, a verdade é que não se perdeu o impacto desejado, não ficou abalado o interesse da reunião.
De todos os temas abordados, dois houve que assumiram especial relevância:
- o primeiro, tem a ver com disponibilidade do Conselho para, dentro do mais curto espaço de tempo possível, iniciar a divulgação dos relatórios do árbitros após os jogos que venham a dirigir. Trata-se de uma mudança sobre a qual devem incidir todas as cautelas, pelo que não poderá ser precipitada a decisão de levar por diante essa intenção.
- depois, a abertura do Conselho de Arbitragem, que vai no sentido de passar a haver uma mais eficaz comunicação com os outros agentes do futebol. De facto, não faz qualquer sentido que a família da arbitragem se mantenha fechada no seu casulo, dando por isso azo a todas polémicas e a todas as críticas.
Para além disto, foram ainda analisadas situações concretas de lances que geraram discussão em vários jogos, nos quais o Conselho deu razão às decisões arbitrais na maioria dos casos, o que, como é natural, não mereceu a aprovação da maioria dos delegados presentes.
Apesar das dissonâncias registadas, o Conselho de Arbitragem registou o carácter franco aberto e proveitoso que marcou a reunião, na qual se pretendeu ajustar critérios nas actuações dos juízes
Se algo mudar nas jornadas que se seguem, terá valido a pena levar por diante esta iniciativa, que se deseja ver repetida com a frequência desejável.