05 jan, 2017 • Fátima Casanova
Quem nunca mudou de fornecedor e está na EDP com o serviço universal tem agora até 2020 para escolher um novo fornecedor de energia eléctrica (mesmo que seja EDP) e assim passar para o mercado livre.
A alteração pode ser o ponto de partida para começar a poupar nas despesas domésticas, sobretudo souber analisar as propostas das várias empresas (veja, noutro Espaço do Consumidor, tudo sobre o processo geral de mudança de fornecedor).
Todos os descontos são bons?
É muito importante perceber sobre que fatia da factura vai incidir o eventual desconto proposto pelos fornecedores e não se deixar deslumbrar com uma redução que, à partida, possa parecer superior.
Exemplo prático
* as contas aqui apresentadas não incluem impostos nem taxa audiovisual
Se a sua factura da luz costuma ser de 50 euros, saiba que 10 são para pagar a potência contratada – um valor fixo todos os meses. Os outros 40 dizem respeito ao consumo, que é a fatia maior.
Imaginando que a oferta apresenta um desconto de 20%, parece muito, mas se for só sobre a potência contratada, pois resulta numa redução de dois euros por mês.
Mas se a oferta for de 5% de desconto sobre o total da factura (50 euros), o desconto seria de 2,5 euros por mês.
Atenção ao prazo
Por norma, os contratos são por um ano e o consumidor deixa de beneficiar dos descontos ou das campanhas no final dos 12 meses. Verifique, pois, se o seu está a terminar e se é altura de procurar uma nova oferta.
Precisa mesmo dessa potência?
O escalão da potência contratada deve ser adequado ao consumo de energia em casa. Lembre-se que os actuais electrodomésticos, sobretudo os de categoria energética A, são mais eficientes e há também lâmpadas mais eficientes (como as LED).
Deve levar ainda em consideração o número de pessoas na habitação.
Cada escalão de potência tem um preço mensal fixo e o processo de alteração é grátis.
Até quanto consigo poupar?
Se o consumidor tiver contratado o máximo de potência, terá uma despesa mensal de pouco mais de 30 euros. Se optar pelo escalão de 6,9 quilowatts, por exemplo, a despesa baixa para cerca de 10 euros.
Pode ainda optar por uma potência mais baixa, de 3,45 quilowatts, a mais comum, e aqui a despesa mensal não chega aos cinco euros.
Desligar os aparelhos eléctricos, em vez de os deixar em "stand by", e os carregadores de telemóvel, por exemplo, que por vezes ficam esquecidos nas fichas, o nível de poupança também aumenta.
Dica: se ligar vários aparelhos a uma tomada inteligente, no final do dia é só desligar esse interruptor.