Ficam, no entanto, como positivas algumas das consequências de pelo menos um desses desafios. É que o Benfica perdeu frente ao Nápoles mas acabou ajudado pelo Dínamo de Kiev, e teve assim acesso aos oitavos-de-final de Champions, com os ganhos relevantes tanto desportivos como financeiros que daí advêm.
Um dos mais importantes é, sem dúvida, o contributo para o ranking da UEFA que, somado ao do FCPorto, permite ultrapassar de novo a Rússia, e manter seis equipas nas duas Taças, o que suscitou muitas dúvidas até há bem poucos dias.
Por entre este emaranhado dos resultados registados nem sempre fáceis de explicar, emerge o “novo” Futebol Clube do Porto.
Ganhar por 5-0 ao campeão da Inglaterra (não se venha com a justificação de se ter tratado de uma equipa de recurso) não está ao alcance de qualquer um.
E de tal maneira assim é que a imprensa inglesa trazia ontem a lume a vergonha que grassava no “país desportivo” de Sua Majestade, por se tratar da derrota mais pesada infligida desde sempre a uma equipa da velha Albion em competições da UEFA.
O próprio treinador Cládio Ranieri se manifestava desapontado no final do desafio do Dragão, apontando setas aos seus jogadores, submetendo-os a um enxovalho invulgar.
Ao Sporting exigia-se muito mais, porque era sua obrigação não permitir que os polacos do Légia lhe passassem à frente. Mas Jorge Jesus voltou a ter vários momentos maus, a começar pela conferência de imprensa na véspera do jogo de Varsóvia, e a culminar com a forma como o preparou e arrumou a equipa em campo. Uma lição que tem elevados custos, ao atirar os leões borda fora da Europa, e dispensando a UEFA de, na presente temporada, enviar mais cheques para Alvalade.
Para encerrar a semana, o Sporting de Braga voltou a borrar a pintura, com uma exibição sem classe, um resultado desastroso, e a saída de uma Liga onde fez história nos últimos anos.
Se a nível doméstico as coisas não melhorarem esta pífia imagem dos bracarenses, é muito possível que a turbulência já instalada se acentue ainda mais dentro de pouco tempo.