06 dez, 2016
Prossegue logo à noite o ciclo decisivo que o Benfica encetou na Madeira, com um mau resultado, como todos bem nos recordamos, e que até terá contrariado as mais optimistas previsões.
De facto, depois de ter cilindrado o Marítimo em jogo da Taça de Portugal, radicou a ideia de que no desafio a seguir, contra a mesma equipa, não obstante no terreno do adversário, o desfecho poderia repetir-se embora, não necessariamente, por números tão expressivos.
Mas o futebol tem destes imponderáveis, o que o torna a modalidade mais apaixonante do mundo.
E assim, vimos uma equipa submetida à sua primeira derrota no Campeonato, incapaz de contrariar a boa organização madeirense, e até de cuidar cabalmente da sua própria organização.
Hoje, frente ao Nápoles, o desafio colocado ao campeão português é de teor ainda bem mais elevado.
Trata-se da Liga dos Campeões e de um compromisso que não admite falhas ou distracções.
A equipa de Rui Vitória não pode, mais uma vez, vir com a desculpa de “entrar mal no jogo”, e de ter dado tempo de avanço ao seu adversário.
Todos sabemos, a estrutura do Benfica sabe-o ainda melhor do que nós, o que vale o conjunto napolitano, e o que são as suas ambições relativamente a esta edição da Champions.
Por tudo isto, aos portugueses apenas cabe ir em busca de uma desejada vitória, sem curar de saber o que está a passar-se no outro desafio do grupo, que à mesma hora se realiza na Ucrânia.
Depois de cumprida esta etapa, de todo evitável se os predicados que agora se replicam já tivessem sido respeitados no jogo anterior, é que se torna válido começar a pensar no nosso campeonato e nas dificuldades que o Sporting irá seguramente trazer.
Por agora, é o futebol português que está em causa, como estará amanhã no Dragão e em Varsóvia e, do mesmo modo, na quinta-feira no estádio municipal de Braga.