02 dez, 2016
Diz o INE que os consumidores portugueses estão agora tão optimistas como estavam em 2000. É positivo, porque esta confiança tem como principal factor a baixa do desemprego – que é real, mas moderada. Menos positiva é a alta no crédito ao consumo, que subiu quase 20% este ano até Setembro, comparando com igual período de 2015. Tal evolução resulta, em parte, de agressivas campanhas dos bancos, promovendo o crédito ao consumo (o Banco de Portugal mandou corrigir mais de cem suportes de publicidade, que promoviam sobretudo crédito automóvel).
Piores são os números do investimento. No terceiro trimestre do corrente ano a Formação Bruta de Capital Fixo voltou a cair. É o terceiro trimestre consecutivo em que o investimento diminui.
E não é animador o aviso da DRBS, a agência canadiana de rating que mantém a dívida pública portuguesa acima do nível “lixo”. Afirma a DBRS que poderá mandar para esse nível a dívida da Caixa Geral de Depósitos, depois da enorme e longa trapalhada que tem afectado este banco do Estado. A CGD arrisca-se a sair ainda mais cara aos contribuintes do que se previa.