24 nov, 2016
A associação ambiental Zero alertou para que a poluição atmosférica aumentou em Portugal no ano passado. Há quem não dê importância a estes problemas ecológicos. Mas a Agência Europeia do Ambiente informa que a poluição do ar mata 467 mil pessoas por ano na Europa, 6.700 das quais em Portugal.
Há cidades chinesas e algumas indianas onde é necessário circular com uma máscara na cara, tão intensa é a poluição. Aí a mortandade é certamente ainda mais alta. E a poluição faz também sérios estragos em zonas pobríssimas de África, destruindo culturas que são a fonte da alimentação das populações.
Dados como estes são praticamente consensuais entre os cientistas. Mas há quem não lhes dê qualquer importância.
Essa atitude revela um chocante desprezo pela justiça. Justiça em relação aos que, hoje, morrem, ficam doentes ou passam fome por causa dos efeitos das alterações climáticas. E justiça face às futuras gerações, a quem nos arriscamos legar um mundo onde se tornará penoso viver – ou sobreviver. Crentes e não crentes deveriam ler a notável encíclica Laudato si do Papa Francisco.