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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Sinais inquietantes

23 nov, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Os brancos serão uma minoria daqui a algum tempo. A chamada direita alternativa não aceita esta evolução e quer travar a entrada no país de pessoas de outras raças.

A eleição de Trump deu um impulso aos defensores da “supremacia branca” nos EUA, um país cuja população se torna multirracial.

Os brancos serão uma minoria daqui a algum tempo. A chamada direita alternativa não aceita esta evolução e quer travar a entrada no país de pessoas de outras raças.

O 'New York Times' relata uma sessão pública da direita alternativa, realizada no passado sábado em Washington. Apesar de ter ali sido dito que os latinos e os afro-americanos nada têm a recear deste movimento, a sessão transmitiu sinais inquietantes.

Por exemplo, houve ataques anti-semitas, indo ao ponto de ser usada propaganda nazi em alemão. Insistiu-se em que os brancos da América são uma raça superior de conquistadores que tem sido marginalizada, algo a que Trump irá pôr termo. Muitos participantes fizeram a saudação nazi, gritando “Heil victory!”. Etc.

Trump não é Hitler, até porque não tem ideologia. Mas escolheu para seu principal conselheiro Stephen Bannon, um anti-semita da ultra-direita, que criticou republicanos tradicionais, como John McCain e Mitt Romney. Dá que pensar.

Comentários
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  • Alexandre
    23 nov, 2016 Lisboa 18:29
    A direita alternativa americana, são os votantes de Donald Trump, o KKK, os nazis... «white trash».
  • João Galhardo
    23 nov, 2016 Lisboa 12:53
    Não existe «direita alternativa» na América. O que existe, sim, são duas mentalidades de ver a nação americana: a republicana, formada por gente diversa, dos ultra-conservadores aos neo-liberais (votantes em Hillary Clinton); os democratas e ecologistas, partidários do «vendido» Bernie Sanders, aos votantes em Jill Stein e outros candidatos. Esta ideia de uma direita alternativa é falsa. Aqueles que marcharam contra a vitória de Donald Trump e que foram patrocinados por George Soros (figura de direita, neo-liberal e partidário dos Clinton), não são de esquerda. Muitos destes activistas aparecem quando são convocados por anúncios difundidos na «Facebook». Essa situação estranha de gente ignorante e adepta do «Facebook» também acontece por cá. Se há dinheiro, também pode haver contestação e manifestações de desagrado nas ruas.
  • António Costa
    23 nov, 2016 Cacém 10:03
    As "teorias" da superioridade das raças, não dão que pensar, são em si mesmas estupidas e absurdas. Nos "tempos de Hitler", e não só na Alemanha!, os imensos impérios coloniais europeus ajudaram a criar a ideia da "superioridade". A invenção da metralhadora "de tripé" deu aos exércitos coloniais europeus uma enorme capacidade. Um número "reduzido" de soldados podia provocar enormes "razias" nas forças inimigas, independentemente da determinação ou coragem destes últimos. A "superioridade" estava na "Revolução Industrial" e não na "cor da pele"! O Japão entrou na Revolução Industrial na 2ª metade do séc. XIX, e o resultado viu-se. Em 1905 as forças navais russas são derrotadas e "esmagadas" pelo almirante Togo (japonês), no estreito de Tsushima (Coreia / Japão ). É a primeira vitória de uma potência não europeia contra um país europeu. Mesmo assim, depois, havia ideias nos setores pró-KKK, que só os "brancos" seriam capazes de pilotar aviões! Apesar de Pearl Harbor ter desmentido esse fato, e de os EUA terem passado por uma "dolorosa" guerra com o Japão, essas "ideias de superioridade" sempre continuam. A única coisa que provocam é o "descambar" dos "mundos imaginários" de quem as defende.
  • Miguel Botelho
    23 nov, 2016 Lisboa 08:17
    Professor «Pardal», os «EUA» não são um país, mas sim uma nação com 52 estados. Depois, a população não se vai tornar multirracial. A população já era multirracial. São os sinais inquietantes da sua escrita.