23 nov, 2016
A eleição de Trump deu um impulso aos defensores da “supremacia branca” nos EUA, um país cuja população se torna multirracial.
Os brancos serão uma minoria daqui a algum tempo. A chamada direita alternativa não aceita esta evolução e quer travar a entrada no país de pessoas de outras raças.
O 'New York Times' relata uma sessão pública da direita alternativa, realizada no passado sábado em Washington. Apesar de ter ali sido dito que os latinos e os afro-americanos nada têm a recear deste movimento, a sessão transmitiu sinais inquietantes.
Por exemplo, houve ataques anti-semitas, indo ao ponto de ser usada propaganda nazi em alemão. Insistiu-se em que os brancos da América são uma raça superior de conquistadores que tem sido marginalizada, algo a que Trump irá pôr termo. Muitos participantes fizeram a saudação nazi, gritando “Heil victory!”. Etc.
Trump não é Hitler, até porque não tem ideologia. Mas escolheu para seu principal conselheiro Stephen Bannon, um anti-semita da ultra-direita, que criticou republicanos tradicionais, como John McCain e Mitt Romney. Dá que pensar.