Emissão Renascença | Ouvir Online
Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
A+ / A-

​O predomínio do curto prazo

21 nov, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


A redução do défice prevista para 2017 “decorre maioritariamente do impacto favorável de medidas de natureza temporária e de ganhos financeiros”.

Como é habitual, o Conselho das Finanças Públicas, presidido por Teodora Cardoso, veio alertar para pontos importantes suscitados pela proposta orçamental para 2017, pontos que em regra se perdem no debate político-partidário.

Diz o conselho que naquela proposta falta um enquadramento a médio prazo das despesas públicas, continuando a predominar uma visão de curto prazo.

Mais de dois terços das novas medidas definidas naquele documento “apenas neutraliza o impacto líquido sobre o saldo de medidas aprovadas” em 2016. E a redução do défice prevista para 2017 “decorre maioritariamente do impacto favorável de medidas de natureza temporária e de ganhos financeiros”, além de que o cenário macroeconómico tem, na situação actual, um enorme grau de incerteza.

Acrescento eu que a própria “geringonça”, exigindo uma permanente negociação entre o governo socialista e os seus apoiantes parlamentares, PCP e BE, dificulta políticas económicas de longo prazo. Para além, claro, de generalidades sem grande conteúdo prático.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Matos
    21 nov, 2016 Lisboa 22:54
    O tão festejado crescimento de 1,6%, o governo anterior conseguiu 1,9%, resultou do turismo nos três meses de verão e da retoma da produção da refinaria da Galp em Sines! Nada de alterações significativas na economia!
  • João Galhardo
    21 nov, 2016 Lisboa 22:10
    Domingos, esse «Cada um ve...» O que eu saiba, o «vê» tem acento e se o seu telemóvel ainda vai ao sabor dos tempos de Passos Coelho (que até corta nos acentos e nas vírgulas, o caldo está definitivamente entornado. Quanto a Fred, «nao gastar, poupar e controlar» foi aquilo que Pedro Passos Coelho não fez durante os 4 anos em que foi primeiro-ministro. No entanto, o Fred acreditou nas mentiras desse governo e principalmente da ministra das finanças. Em 4 anos, esse governo que tanto preza nunca conseguiu melhorar a economia, nem baixar o deficit. Em um ano, este governo conseguiu essa proeza.
  • Eduardo Rocha
    21 nov, 2016 Lisboa 20:43
    PARASITISMO INSTALADO CONDENA PORTUGAL (com uma precisão matemática!) À RUÍNA PROGRESSIVA: Com tantos CHICOS-ESPERTOS E PARASITAS ATRELADOS AO ORÇAMENTO DO ESTADO não é possível controlar e estabilizar o défice das contas públicas. Porque por um lado, grande parte dos portugueses SUBSISTE PARASITARIAMENTE à custa de tachos e subsídios garantidos pelo Estado. Por outro lado, os partidos procuram garantir a existência do maior número possível de tachos e subsídios parasitas para, assim, OBTEREM MAIS VOTOS. Resumindo: como tanto o povo como os partidos DEPENDEM DO PARASITISMO instalado para sobreviverem, tal dará origem a constantes derrapagens orçamentais e ao recurso sistemático ao endividamento externo com o consequente sobre-endividamento … Até à ruína total! Em conclusão: em Portugal o défice só será realmente controlável com uma Ditadura, provavelmente imposta pela Alemanha!
  • Domingos
    21 nov, 2016 Viana do Castelo 20:05
    Sabe amigo Joao! Escrevo de telemovel! Fico surpreendido positivamente com a sua cultura semantica e lexical! Lamento a sua falta de cultura filosofica cientifica sociologica politica e economica. Cada um ve a realidade da cor que quer. Basta colocar as lentes de cor nos oculos. Fique bem.
  • Fred
    21 nov, 2016 Lx 18:36
    Incrivel a falta de educacao e cultura que perdomina nos comentarios... Acham mesmo que quem nao foi eleito pelo povo, discipulo do 44, com provas dadas de caracter na CML pode fazer alguma coisa de positivo? Ao menos os anteriores seguiram um plano que até fazia sentido - nao gastar, poupar e controlar. Pobres mentes que por aqui passam....
  • Justus
    21 nov, 2016 Espinho 18:02
    Estes escribas, "Velhos do Restelo", ainda não se deram conta que a economia, hoje, faz-se com medidas de curto prazo - um a dois anos. O mundo, com a sua globalização e tudo o que nos rodeia está em contínua mudança. Qualquer medida que se toma hoje, pode muito bem já estar desajustada amanhã. Que medidas a médio prazo foram adotadas pelo seu amigo Passos Coelho, Sr. Sarsfield? Nenhuma, porque em 1º lugar não foi ele quem governou, mas sim a "Troika" e, depois, porque apenas se interessava pela conjuntura, por deitar abaixo tudo o que de bom existia em Portugal. As coisas estão a ficar melhor, por isso, Sarsfiel Cabral tem que inventar algo para denegrir a imagem do governo. Está-lhe no sangue.
  • João Galhardo
    21 nov, 2016 Lisboa 14:29
    Domingos, desconheço a realidade dita «socizk ». Será a realidade da Hungria ou Ucrânia, bem ao estilo de Francisco Sarasfield Cabral? Depois, tente apurar o que são «lentes ideoligicas», pois as ideológicas ficaram neste artigo, ao sabor do radicalismo de direita.
  • Carlos Silva
    21 nov, 2016 Lisboa 13:48
    Passos, dizia-se, não acertava uma, Centeno também não acerta nenhuma. Queria relançar a economia à custa do consumo interno e não resultou, e então virou-se para as exportações, coisa que o governo anterior já tinha descoberto há muito tempo.
  • Domingos
    21 nov, 2016 Viana do Castelo 13:27
    Senhor Joao! Sinistroso, arrogante e falacioso e o seu comentario infundado e enviesado. Ver a realidade socizk politica e economica implica tirar essas lentes ideoligicas que o cegam e nao deixam ver a clarividencia da analise de FSC.
  • João Galhardo
    21 nov, 2016 Lisboa 12:51
    Os primeiro parágrafos ainda tentam mostrar alguma imparcialidade na opinião. O último é aquilo que esta oposição, virada para o radicalismo de direita, tem dito e constantemente repete. Portanto, os primeiro três parágrafos, «assim-assim». O último, «desgraça geral» e constatação de senilidade do autor do texto.