20 out, 2016
Tenho dito que o principal erro do governo anterior, PSD/CDS, foi a escassez de reformas no Estado em geral e na Administração Pública em particular.
Não foram as medidas de austeridade tomadas por Passos Coelho, pois elas eram impostas por uma situação de grave emergência financeira. Aliás, situação decorrente da irresponsabilidade do executivo de Sócrates, que colocou o Estado à beira da bancarrota.
Mas foi uma oportunidade perdida, porque apenas se poderá diminuir racionalmente a despesa pública com reformas bem pensadas. O presente governo não faz reformas, porque os partidos da esquerda radical que o apoiam não permitem. Já basta a esses partidos terem que engolir o sapo de apoiarem, agora, medidas para cumprir o Tratado Orçamental da Zona Euro, tratado que eles execravam e tanto criticaram...
Como já aqui referi, a prioridade (não declarada) de A. Costa é seguir as regras de Bruxelas. Daí que, sem reformas, a contenção da despesa do Estado implique situações complicadas em serviços públicos, hospitais, escolas e empresas do sector público.