19 out, 2016
Parece que vai ser necessário recordar a algumas equipas portuguesas que os jogos têm todos noventa minutos, e que não podem ser levados a sério se o empenho total dos seus jogadores se resumir apenas a uma das partes.
Foi, na verdade, o que aconteceu ontem, tanto na Bélgica como no estádio Alvalade, embora os proveitos não tenham sido exactamente os mesmos, como se pode constatar pelos resultados finais dos jogos em que o Sporting defrontou o Borússia de Dortmund e ao FCPorto coube como adversário o Club Brugges.
Com a derrota consentida no seu próprio estádio, a equipa comandada por Jorge Jesus comprometeu muito o seu futuro na Liga dos Campeões.
Para além dos três pontos desperdiçados, os leões esbanjaram igualmente um milhão e meio de euros, juntando a esses dois prejuízos a agora menos provável hipótese de se candidatarem ao acesso aos oitavos-de-final.
E só isso é perda que bonda. É que a verificar-se esse afastamento, o Sporting deitará borda fora mais seis milhões de euros, verba atribuída às equipas que conseguem vingar na fase de grupos. Daí que o jogo de ontem à noite, pode ter custado cerca de sete milhões e meio de euros ao clube de Alvalade. Oxalá que tal não aconteça. Cá estaremos para ver.
Por outro lado, os dragões venceram à tangente, mas de novo sem convencerem.
Como ficou demonstrado, o adversário era acessível, mas só no derradeiro lance do jogo na cidade de Brugges foi possível chegar a uma vitória merecida é certo, mas muito mais suada do que seria aceitável.
Hoje, o Benfica chega-se à frente com a esperança de ser capaz de justificar em campo, aquela que, à partida, parece ser a sua superioridade.
No entanto, convirá recordar aos seus jogadores esse princípio fundamental já antes aqui enunciado: os jogos têm todos noventa minutos, sendo necessária aplicação máxima a partir do momento em que o árbitro apite pela primeira vez.