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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​A nostalgia da paz

29 set, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Shimon Peres foi um lutador pela paz no Médio Oriente. Em 1994 recebeu o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Ytzhak Rabin e Yasser Arafat, obreiros do chamado acordo de Oslo, que previa a coexistência pacífica de dois Estados, um israelita, o outro palestiniano. A grande machadada no processo de paz foi dada logo em 1995, com o assassinato de Y. Rabin por um extremista judeu.

A morte de Shimon Peres marca simbolicamente o falhanço dos esforços de paz entre israelitas e palestinianos. Fundador do Estado de Israel, S. Peres foi um lutador pela paz na região. Em 1994 recebeu o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Ytzhak Rabin e Yasser Arafat, obreiros do chamado acordo de Oslo, que previa a coexistência pacífica de dois Estados, um israelita, o outro palestiniano.

A grande machadada no processo de paz foi dada logo em 1995, com o assassinato de Y. Rabin por um extremista judeu. Rabin era um herói da guerra que dava credibilidade aos esforços de paz. Por isso foi abatido.

Shimon Peres continuou a lutar pela paz – mas com pouco sucesso em Israel. E uma parte dos palestinianos, o Hamas, nunca renunciou ao terrorismo. Já poucos acreditam que haverá dois estados, até porque o avanço dos colonatos judaicos na Cisjordânia inviabiliza um futuro Estado palestiniano. Entretanto, multiplicaram-se os conflitos sangrentos no Médio Oriente, incluindo a guerra religiosa entre muçulmanos sunitas e sauditas. A paz está cada vez mais longe.

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  • Miguel Botelho
    29 set, 2016 Lisboa 08:52
    Shimon Peres desistiu de lutar pela paz em Dezembro de 2008, quando o exército israelita massacrou centenas de palestinianos em Gaza. A operação, chamada de «Cast Lead», pelo exército de Israel empregou bombas de fósforo sobre uma população indefesa. Entre os cerca de 1400 mortos civis, estavam cerca de 310 crianças palestinianas. O primeiro-ministro israelita, na altura, era Ehud Barak. Recordo que em Janeiro de 2009, não houve qualquer esforço de Shimon Peres para acabar com este massacre.
  • António Costa
    29 set, 2016 Cacém 07:24
    Em 1974 a Turquia, ocupa o norte da ilha de Chipre. É a parte da ilha com as terras mais férteis. Os turcos, minoritários mas espalhados por toda a ilha vivem em conflito com os gregos. A invasão da ilha, realizada com o consentimento dos EUA, expulsa os cidadãos gregos do norte da ilha, enquanto os turcos "rumam" a norte. A zona ocupada pelos turcos é muito superior ao necessário e em breve vem pessoas da Turquia para colonizar o norte da ilha. É uma situação IGUAL à da Palestina. Só que os gregos que se refugiaram no sul são cristãos. Em Chipre nunca existiu um "Setembro Negro" como aconteceu na Jordânia em 1970.