29 set, 2016
A morte de Shimon Peres marca simbolicamente o falhanço dos esforços de paz entre israelitas e palestinianos. Fundador do Estado de Israel, S. Peres foi um lutador pela paz na região. Em 1994 recebeu o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Ytzhak Rabin e Yasser Arafat, obreiros do chamado acordo de Oslo, que previa a coexistência pacífica de dois Estados, um israelita, o outro palestiniano.
A grande machadada no processo de paz foi dada logo em 1995, com o assassinato de Y. Rabin por um extremista judeu. Rabin era um herói da guerra que dava credibilidade aos esforços de paz. Por isso foi abatido.
Shimon Peres continuou a lutar pela paz – mas com pouco sucesso em Israel. E uma parte dos palestinianos, o Hamas, nunca renunciou ao terrorismo. Já poucos acreditam que haverá dois estados, até porque o avanço dos colonatos judaicos na Cisjordânia inviabiliza um futuro Estado palestiniano. Entretanto, multiplicaram-se os conflitos sangrentos no Médio Oriente, incluindo a guerra religiosa entre muçulmanos sunitas e sauditas. A paz está cada vez mais longe.