21 set, 2016
Dando continuidade a uma política de nomeações que tem deixado à vista uma clara mudança de paradigma, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol designou ontem o lisboeta João Capela para dirigir o jogo da próxima sexta-feira a disputar em Alvalade entre o Sporting e o Estoril Praia.
Causou alguma surpresa esta nomeação. E tanto assim é que a mesma já deu origem à mais diversificada gama de análises e comentários.
Trata-se do regresso de Capela a jogos em que intervém o Sporting, mais de três anos depois de uma actuação muito infeliz, no estádio da Luz, onde o Benfica venceu, no dia 21 de Abril de 2013, o seu rival por 2-0, e que ficou na história do anedotário nacional com a declaração do treinador dos encarnados ao considerar, no final do jogo, o trabalho do juiz de campo como “limpinho, limpinho”.
Por tudo isto, este parece agora ser um bom momento para passar uma esponja sobre o que se passou naquela noite no estádio benfiquista. Mas, para que tal aconteça, é no entanto necessário que João Capela seja capaz de protagonizar uma actuação sem mácula.
E é igualmente importante que o árbitro de Lisboa seja recebido em Alvalade sem hostilidade, esquecendo ressentimentos que já não fazem qualquer sentido.
José Fontelas está a revelar disponibilidade para trazer à arbitragem a credibilidade que lhe faltou no passado recente.
De resto, neste começo de temporada tem havido reconhecimento quase generalizado de que as arbitragens não têm sido o seu ponto fraco, mesmo tendo em conta alguns erros como sempre inevitáveis.
O teste de sexta-feira é também importante para se poder confirmar se é ou não correcta a política de nomeações seguida até aqui.
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