26 ago, 2016
Esta semana foi dado um passo para resolver o problema da Caixa Geral de Depósitos (CGD), com a aprovação pela Comissão Europeia de um plano de recapitalização. Mas o assunto ainda está longe de resolvido. E só daqui a anos saberemos se o estará.
O grande desafio da CGD é recuperar competitividade e voltar aos lucros, deixando de ser um encargo para o contribuinte. Essa é, desde logo, uma condição necessária para levar investidores privados a comprarem à CGD mil milhões de euros de obrigações (não convertíveis em acções).
Muito dependerá da eficácia da nova equipa da administração, liderada por um gestor prestigiado, António Domingues, que fica com uma herança pesada nos braços. Infelizmente, a inépcia governamental ao longo deste processo, que já leva mais de meio ano, fragilizou, à partida, a nova equipa.
Esperemos que, pelo menos, este banco do Estado se esforce por servir o bem público, em vez de envolver o nosso dinheiro em negócios e jogadas políticas eticamente inaceitáveis, porque beneficiaram interesses particulares, como aconteceu no passado.