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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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O plano falhado

03 ago, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Prometeu-se o crescimento da economia com base no consumo privado, mas o que temos são impostos a aumentar e “pela calada”.

Durante os primeiros meses da governação de António Costa, a ladainha do “fim da austeridade” foi repetida à exaustão. Recentemente, porém, o Governo limita-se a falar no cumprimento das metas do défice orçamental.

É que falhou o plano mágico para pôr a economia portuguesa a crescer, com base na expansão do consumo privado.

Como, na altura, muita gente alertou, essa política não podia resultar. E não resultou: o crescimento económico, que o PS começou por apostar que seria perto de 3% este ano, provavelmente nem chegará a 1% (em 2015 foi de 1,5%).

Com o investimento do Estado em níveis baixíssimos – curioso, para um Governo dito de esquerda –, as exportações a abrandarem e as importações a subirem, o plano falhou.

Por isso, a austeridade continua. Veja-se, por exemplo, o congelamento dos salários da função pública. E os impostos vão subir. Mas “pela calada”, como aconteceu agora com o IMI e não só.

Até o Presidente da República, que fala sobre tudo e mais alguma coisa várias vezes ao dia, ocultou a promulgação do diploma, como Raquel Abecasis referiu ontem na Renascença.

Comentários
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  • graciano
    06 ago, 2016 alemanha 23:38
    e o que sera que hoje esta melhor do que ontem sera que se esta a referir ao aumento do ordenado minimo ,sera que se esta a referir as reformas ou sera que se esta a referir ao casamento de homoxessexuais e lesbiscas ou as barrigas de aluguel eu ainda nao me esqueci que houvi o anterior governo dizer que nao aumentava as reformas nem o ordenado minimo para nao ser acusado de campanha eleitoral que isso competia ao governo que fosse eleito acabou com a austeridade acham que dar 2euros a um reformado e acabar com a miseria
  • lurdes monteiro
    04 ago, 2016 alges 18:34
    Bora la com mais impostos, porque senao, ja nao chegam a tempo.
  • Marco Almeida
    03 ago, 2016 Olhão 15:29
    Eu gostava que você tivesse escrito assim quando estavam os Pafiosos no poder, mas como estes não são da sua cor vai de malhar na ceguinha, e já agora porque não escrever também o que está bem melhor, ah, já sei, não dá jeito, só dá azia
  • Carlos Alberto
    03 ago, 2016 Coimbra 11:28
    Sr. Francisco Sarsfield Cabral: Segundo o Código do IMI, o coeficiente de localização varia num intervalo que vai de 0,4 (o mais baixo) a 3,5 (o mais elevado) e é um dos elementos que compõem a fórmula de cálculo do valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, que serve depois de base de cálculo do IMI a suportar anualmente pelos proprietários. Este método de avaliação jé existe desde 2004, tendo tido alterações em 2006, 2009 e em 2015. Instrua-se. O zonamento e os respectivos coeficientes, introduzidos com a reforma da tributação do património, em 2004, tiveram algumas mexidas em 2006 e em 2009, mas a revisão actualmente em curso é muito mais profunda e está a ser feita a nível nacional pelos peritos avaliadores de cada serviço de Finanças.
  • pedro
    03 ago, 2016 lisboa 10:53
    na mouche. E pelos vistos é para continuar até cairem