28 jul, 2016
A mais popular competição do ciclismo nacional regressou ontem para a realização da 78ª edição.
Como sempre, as estradas portuguesas vão encher-se de adeptos para manifestar apoio permanente aos heróis do sofrimento e da abnegação.
A prova deste ano tem uma particularidade muito especial e que nos transporta a anos passados em que o ciclismo reunia à sua volta paixões intensas vividas em todos os pontos do país.
É o regresso de dois clubes, Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto que, embora em moldes diferentes de outros tempos, trazem à Volta características muito especiais.
Servido porta à porta, o ciclismo é capaz de arrastar multidões ao longo de quilómetros, quer chova ou faça sol, proporcionando finais de etapas a que multidões incontáveis dão sempre um brilho incomparável.
Curiosamente, e para começar, as camisolas azuis e brancas arrancam na frente, mercê da vitória ontem alcançada num prólogo curto, em Oliveira de Azeméis, pelo atleta Rafael Reis, da W52-FCPorto, o primeiro camisola amarela da longa corrida.
Como especiais particularidades da Volta a Portugal, a não inclusão da Serra da Estrela, um ponto histórico de sempre e, mais uma vez, a não abrangência de todo o mapa continental.
Num percurso de 1.618,7 quilómetros que vão preencher 11 dias, a Volta atinge em Alcácer do Sal o ponto mais a sul do país.
Mesmo com o futebol a mostrar-se já por aí em diversas cidades, a verdade é que o ciclismo adquire neste tempo o estatuto de rei da festa.
E os heróis da estrada vão por certo proporcionar-nos momentos de enorme prazer.