21 jul, 2016
No dia 14 de Setembro próximo, em Atenas, será escolhido o novo presidente da UEFA.
Esta eleição resulta, como todos recordamos, do afastamento de Michel Platini daquele cargo, depois do escândalo desencadeado pelo recebimento de propinas que lhe foram atribuídas pelo também antigo presidente da FIFA, igualmente atingido pela purga que invadiu o futebol internacional na tentativa de o regenerar e permitir-lhe um futuro limpo e sem mácula.
Neste momento existem três candidatos, disponíveis para irem a votos daqui por dois meses: Michael van Praag, Aleksander Ceferin e Angel Villar.
Vamos por partes:
Van Praag, de 68 anos, é presidente da federação da Holanda desde 2008 e também vice-presidente da UEFA. No ano passado, chegou a anunciar a intenção de se candidatar ao lugar deixado vago por Joseph Blatter, mas acabou numa desistência que acabou por não surpreender.
Ceferin, de 48 anos, exerce o cargo de presidente da federação da Eslovénia e afirma contar já com o apoio de 18 federações, entre as quais a da Rússia e da Itália. A seu crédito conta o facto de não ter exercido até hoje qualquer cargo nas estruturas da UEFA.
Angel Villar, de 66 anos, é presidente da federação espanhola há 28 anos e ocupa actualmente o lugar de presidente interino da UEFA, desempenhando também funções de presidente do comité de arbitragem, onde tem sido alvo de alguma contestação.
Tratando-se de um elemento da “velha guarda”, parte da qual está já sob detenção e a ser investigada pelo FBI, terá certamente alguma dificuldade em convencer o colégio eleitoral da benignidade da sua proposta.
Terminado ontem o prazo para a subscrição de candidaturas constata-se que Fernando Gomes não faz parte da lista final, por ter optado continuar à frente dos destinos da nossa federação, e ainda bem que o fez.
A corrida à cadeira maior da UEFA entra hoje em andamento.
Veremos como irá decorrer a campanha eleitoral, na presunção de que não vai haver muita roupa suja para lavar.
Essa, já Platini tratou certamente de mandar para a lavandaria.