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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Para a história

07 jul, 2016 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Os cépticos, e não os há apenas lá por fora, têm vindo a exigir sempre que aos bons resultados se juntem exibições de luxo, esquecendo que cada jogo tem a sua circunstância e por isso deve ser preparado metodicamente e com todo o realismo.

Aqueles que olhavam Fernando Santos de soslaio e se mantinham cépticos quanto ao comportamento da selecção portuguesa no Campeonato da Europa, foram convidados ontem à noite em Lyon, depois da vitória sobre o País de Gales, por Ricardo Quaresma a ir a Paris no próximo domingo quando, no final do jogo, desabafou sem papas na língua, como aliás é seu jeito.

A vitória portuguesa, que lhe garantiu o passaporte para o desafio de consagração na cidade luz, não pode ser entendida como obra do acaso.

O seleccionador nacional foi sempre peremptório ao afirmar convictamente que o seu foco apontava para 10 de Julho e que, por isso, apenas tinha em mente regressar a Lisboa no dia seguinte.

Os cépticos, e não os há apenas lá por fora, têm vindo a exigir sempre que aos bons resultados se juntem exibições de luxo, esquecendo que cada jogo tem a sua circunstância e por isso deve ser preparado metodicamente e com todo o realismo, sem esquecer que do outro lado está sempre uma equipa que também não justificou por acaso a sua presença no Euro.

E foi assim que Fernando Santos conseguiu juntar um grupo fabuloso, no qual todos têm aceitado colocar em primeiro plano a equipa em detrimento da ambição pessoal de cada um.

Olhando para o passado recente não encontramos outro seleccionador português que tenha sido capaz de atingir este desiderato.

Por tudo quanto foi conseguido até aqui no Campeonato da Europa, os portugueses estão naturalmente em festa. Uma festa que não conhece fronteiras, mas tem arraiais de grande dimensão em França, bastando ver a emoção com que ali tem sido seguida a carreira da nossa selecção.

Agora, até domingo à noite, o sonho continua.

França ou Alemanha, venha quem vier, vão ser comparsas dos bons momentos que esperamos viver nesse dia, e sejam o culminar de uma festa que quase todos os portugueses têm vivido intensamente.

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