01 jul, 2016
O chamado “Estado Islâmico” (EI) trouxe uma preocupante novidade ao terrorismo islâmico: pela primeira vez, este terrorismo apoiava-se num grande território dominado e administrado por ele e que seria o embrião de um novo “califado” – para já, em zonas da Síria e do Iraque.
A coligação militar contra o EI, coordenada pelos Estados Unidos, tem conseguido reduzir aquele território. Embora com grande dificuldade, incluindo os conflitos entre facções rivais (sunitas e xiitas, por exemplo) que lutam contra o EI. E sem travar a trágica guerra civil na Síria e o provável desmembramento do Iraque.
Tudo leva a crer que os terroristas do EI procuram, agora, compensar a perda de território com mais ataques mortíferos - como foi o que atingiu o aeroporto de Istambul. Esta não é uma perspectiva simpática, mas não podemos ignorá-la. Felizmente, a opinião pública não a ignora: revela o último Eurobarómetro que a primeira prioridade da UE deve ser o combate ao terrorismo - é o que dizem, segundo a sondagem do Eurobarómetro, 91% dos cidadãos da União e 82% dos portugueses.