01 jul, 2016
O Campeonato da Europa avança e Portugal teima em se manter em França, aproximando-se cada vez da meta traçada pelo seleccionador nacional.
Fernando Santos partiu com um projecto bem definido e, de resto, anunciado "urbi et orbi": confirmar a sua candidatura ao título sem, no entanto, se proclamar favorito.
Depois de cinco jogos (ficam a faltar apenas dois), durante os quais a nossa selecção não conseguiu exibir o futebol que muitos exigiam, eis-nos nas meias-finais, mesmo tendo empatado quatro desses desafios, o último dos quais ontem à noite, no Velódromo de Marselha, onde, no ano distante de 1984, tudo nos correu ao contrário.
Depois de ter ultrapassado a difícil Croácia, em circunstâncias que todos temos ainda muitas frescas na memória, a Polónia não se nos apresentava como um adversário fácil de ultrapassar.
Isso ficou, aliás, bem expresso depois dos 120 minutos da última noite, em que tudo começou por nos correr mal, mas acabou fechando bem.
Foi uma vitória a penaltis? E depois? Não vale o mesmo que as demais?
Para os críticos de Fernando Santos, há cada vez menos pasto para deitar às chamas, e as suas opções são cada vez menos motivo de discussão.
Agora, ficamos à espera da Bélgica ou do País de Gales. Logo à noite se saberá. Depois, até quarta-feira, o sonho continua.
E, como dizia o poeta, o sonho comanda a vida…