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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Jogar pouco, ganhar muito

27 jun, 2016 • Opinião de Ribeiro Cristovão


A partir dos oitavos-de-final, de que já nos livrámos, só um resultado passou a interessar a cada um dos 16 sobreviventes.

O jogo com a Croácia valeu pelo resultado. Foram 120 minutos enfadonhos, em que portugueses e croatas deixaram bem à vista o medo recíproco com que partiram para Lens, gerando um tempo em que deixou de haver possibilidades de emendar erros e resultados.

Por isso, dizemos que jogámos pouco mas ganhámos muito.

Essa é a verdade inquestionável que sobra de um jogo que encerrava especiais dificuldades por termos pela frente uma das melhores equipas presentes em França, que fazia parte, inclusive, do lote dos principais candidatos à vitória final.

Depois de um primeira fase de que resta como boa memória pouco mais do que a tripla recuperação de resultados negativos frente à Hungria, a mentalidade teria forçosamente de mudar.

A partir dos oitavos-de-final, de que já nos livrámos, só um resultado passou a interessar a cada um dos 16 sobreviventes.

No sábado, Portugal venceu, conseguindo um golo no período mais doloroso do jogo, prosseguindo assim no bom caminho que lhe permite seguir em frente.

Fernando Santos mexeu na equipa, como parecia recomendarem as circunstâncias. E todos os que foram chamados responderam pela positiva, o que equivale por dizer que a partir de agora resta ao seleccionador sancionar as suas próprias escolhas em relação ao jogo que se segue.

Em Marselha, no estádio onde a França nos despachou em 1984, portanto de má memória, espera-nos uma Polónia difícil e com ambição igualzinha à nossa.

Do jogo em que afastou a Suíça, jogando bem durante a primeira parte mas nem por isso na segunda e em todo o prolongamento, devem ser tiradas as devidas lições.

E Fernando Santos não deixará de o fazer no âmbito da relação fácil que tem com todos os seus jogadores.

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