05 mai, 2016
Paulo Paraty nem sempre sentiu à sua volta a unanimidade do mundo do futebol. Nem podia, aliás, ser de maneira diferente.
Foi árbitro e, por isso, quase sempre com o foco apontado às decisões que ia tomando jogo a jogo, as quais, naturalmente tinham apoiantes e detractores.
Partiu aos 53 anos de idade deixando naqueles que eram seus amigos um verdadeiro sentimento de ausência e de perda por uma vida tão bruscamente interrompida.
Paulo Paraty, filho de Armando Paraty, também ele árbitro de futebol, atingiu o topo da carreira quando, durante onze anos, ostentou as insígnias da FIFA.
Mercê dessa distinção foi chamado a dirigir jogos de grandes competições internacionais tendo, na nossa Liga principal recebido essa responsabilidade por 218 vezes.
Foi um dos bons juízes da sua geração, tendo continuado ligado à arbitragem depois de, em 2008, ter atingido o limite de idade, e quando a sua saúde já lhe começava a transmitir alguns sinais de preocupação.
Não faltarão agora, e como sempre em circunstâncias como esta, algumas carpideiras e, muito menos, aqueles que irão agitar o azorrague para assim tentar zurzir as suas memórias, o que não espanta neste mundo enviesado do futebol em que vivemos.
Por nós, que sempre respeitámos o seu trabalho, sem deixar de lhe apontar algumas vezes falhas naturais na função, curvamo-nos respeitosamente perante a sua memória.
Que descanse em paz.