02 mai, 2016
Há uma semana, na Alemanha, o Presidente Obama fez uma defesa brilhante da integração europeia e disse esperar que a Parceria Transatlântica sobre comércio e investimento fique concluída até ao fim do ano. Mas este acordo EUA-UE foi muito contestado na Alemanha durante a passagem de Obama.
A contestação tem pelo menos três anos e manifesta-se não apenas na Alemanha. Na Europa e nos EUA há, de facto, um certo regresso a instintos proteccionistas. É preocupante, se nos lembrarmos do proteccionismo que prevaleceu nos anos 30 do séc. XX, na altura da Grande Depressão, e que só agravou as coisas.
Mas existem dúvidas sobre a Parceria Transatlântica que precisam de ser esclarecidas. Por exemplo, até que ponto o tratado em negociação irá diminuir a protecção aos consumidores europeus e o combate pelo ambiente? E será que entregar a tribunais arbitrais privados os eventuais diferendos, envolvendo multinacionais nomeadamente, não limitará as leis dos Estados europeus?
Tem havido demasiado secretismo sobre estas questões. É preciso que ele acabe, em nome da transparência a que temos direito.