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Princípio e Fim (10/04/16) - A Alegria do Amor

Princípio e Fim

“A Alegria do Amor”: exortar a Família, no Ano da Misericórdia

10 abr, 2016 • Ângela Roque


A Exortação do Papa sobre a Família foi o tema central do programa desta semana, mais alargado que o habitual para falar do documento, ouvindo algumas reacções e comentários. Em destaque estiveram também as conclusões do “Escutar a Cidade”, que na próxima semana serão apresentadas publicamente, como contributo para o Sínodo Diocesano de Lisboa, marcado para Novembro.

A Exortação Apostólica “A Alegria do Amor” foi apresentada sexta-feira no Vaticano. No documento, de 270 páginas, o Papa deixa diversos conselhos aos casais, defende que se deve apostar cada vez na preparação para o matrimónio, e que deve haver maior abertura, acompanhamento e análise das situações dos católicos divorciados.

No “Princípio e Fim” ouvimos algumas reacções ao documento. Para o teólogo Juan Ambrósio a Exortação mostra a coerência de pensamento do Papa Francisco, que põe a Família como centro da renovação da Igreja e da renovação do mundo. Par este professor na Universidade Católica este é um texto, como refere o próprio Papa, para ler “sem pressas”. Destaca as palavras-chave “acompanhar”, “discernir” e “integrar”, e considera que a escolha do próprio título “A alegria do Amor” é, desde logo, muito reveladora.

O padre Duarte da Cunha, que participou, como perito, no Sínodo dos Bispos sobre a Família, diz que esta Exortação vai certamente provocar mudanças na Igreja, porque o Papa deixa muito claro que é preciso acolher quem se afastou por estar em situação considerada irregular, como é o caso dos divorciados recasados. O seu acesso à comunhão poderá vir a ser autorizado em casos excepcionais.

Para o Cardeal Patriarca de Lisboa o documento mostra bem quais são as preocupações do Papa, mas não altera as normas da Igreja em relação aos católicos recasados.

Já a psicóloga e terapeuta familiar Teresa Ribeiro, destaca a linguagem próxima e de misericórdia que o Papa utiliza na Exortação, considerando que a análise que Francisco faz do amor na família, revela conhecimentos profundos de psicologia e da realidade dos casais.

Maria da Conceição Moita, uma das promotoras do “Escutar a Cidade”, veio ao “Princípio e Fim” fazer um balanço desta iniciativa, que decorreu entre Janeiro e Julho de 2015 como contributo para o Sínodo diocesano de Lisboa, que terá lugar em Novembro. O documento síntese, com as preocupações e desafios saídos desses encontros, já foi entregue ao Patriarca, e vai ser apresentado dia 16 de Abril, numa sessão pública marcada para a Igreja de São Maximiliano Kolbe, em Chelas.

Falámos do prémio “Europa Nostra 2016” - um galardão da União Europeia para o Património Cultural. Entre os vencedores da edição deste ano está o Museu Diocesano e a Catedral de Santarém, cujo restauro foi considerado exemplar.

Falámos, ainda, do livro “Querido Papa Francisco”, com as respostas do Papa a perguntas de crianças de tido o mundo. A edição portuguesa, publicada pelas Paulinas, estará à venda a partir desta segunda-feira.

No arranque da Semana de Oração pelas Vocações conversámos com Joaquim Rodrigues Ventura, padre há 60 anos, e que este Domingo lançou o livro “Retalhos de uma vida sacerdotal”. A nossa reportagem passou ainda por Fátima, onde a União das Misericórdias esteve reunida, e por Lamego, onde decorreu o encontro nacional de alunos de Educação Moral e Religiosa Católica do ensino secundário.

Estivemos também na inauguração da exposição de fotografias do projecto 2Feet, desenvolvido na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Lisboa. Durante um ano, 16 jovens tiveram formação, e em Fevereiro subiram ao palco do Teatro Maria Matos. As fotos do espectáculo, dos ensaios e dos bastidores, podem ser vistas até dia 29 do espaço Espaço Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no Campo de Santa Clara.

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  • José Samaritano
    17 abr, 2016 Terra Pressa do Futuro 11:31
    Para o Cardeal (Xô!....Xô!..) Patriarca de Lisboa o documento mostra bem quais são as preocupações do Papa, mas não altera as normas da Igreja em relação aos católicos recasados. (Sem dúvida, CPL é um grande CROSTÃO, defensor claro da perpetuidade do CROSTIANISMO.)