06 abr, 2016
De facto, a resistência do Benfica, em Munique, frente ao todo-poderoso Bayern que permite trazer para Lisboa a definição da eliminatória por ter perdido por apenas um golo, não estaria no horizonte, inclusive, de muitos muitos adeptos do Benfica.
O mesmo pode concluir-se da derrota do Atlético de Madrid em Barcelona, onde chegou a estar a vencer por 1-0 e acabou com apenas dez jogadores em campo, e que leva para o Vicente Calderón a solução deste cotejo espanhol dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Europeus.
Porque o que mais nos interessa é a presença do campeão português no Alianz Arena de Munique, algumas breves notas para fazer subir a primeiro plano esta prestação dos encarnados.
Desde logo, um golo sofrido muito cedo pareceu adensar as nuvens à volta daquilo que poderia vir a ser a sorte do Benfica.
Mas a verdade é que a equipa não se desuniu e foi até capaz de criar alguns embaraços a Pep Guardiola. Reconheça-se, porém, a superioridade do campeão germânico, expressa em todos os vectores, o que permite adivinhar grandes dificuldades no jogo de retribuição.
O Benfica fez um jogo marcado pela qualidade, com uma enorme solidariedade entre todos os atletas, o que tornou possível resistir a uma das melhores equipas do mundo.
Disfrutou até de oportunidades para poder chegar ao empate, mas por essa ausência de golos é também responsável a formação do Bayern.
Terá ficado um penalty por marcar a favor dos comandados de Rui Vitória?
A serem seguidos os critérios dos árbitros portugueses não ficam dúvidas a esse respeito.
Só que o juiz era oriundo da Polónia, e a Champions não é o campeonato português.
Fica a faltar apenas uma semana para se conhecer o destino do Benfica na Europa.
Até lá, a Liga portuguesa vai falar mais alto, e as atenções estão já viradas para o Estádio Municipal de Coimbra.