12 fev, 2016
É sempre pouco recomendável avançar prognósticos relativamente a jogos em intervenham os três grandes, ainda que, nalguns casos e em determinados momentos, existam desequilíbrios que permitam admitir a superioridade de um sobre o outro.
Chegou agora a vez de se defrontarem Benfica e Futebol Clube do Porto.
E, pelos dados, disponíveis, os encarnados parecem dispor de algumas vantagens.
Para além de jogar apoiado por uma mole imensa de adeptos, o Benfica tem mantido uma regularidade impressionante, que lhe permitiu aceder ao topo da classificação; uma veia goleadora que lhe concede a fantástica média de quase três por desafio; e a forma apurada de algumas das suas mais-valias responsáveis pelo sucesso que por esta altura se constata.
Sendo importantes, estes atributos não bastam. Mesmo considerando que os portistas chegam à Luz na ressaca de um desaire inesperado, convirá não esquecer que, antes disso, o mesmo grupo de jogadores foi capaz de passar incólume pela Amoreira, onde tradicionalmente esbarra com grandes dificuldades.
Entretanto, convenhamos que para os dragões este embate de titãs é mais decisivo do que para o seu adversário. Uma derrota pode significar a descolagem definitiva do pelotão da frente, ao passo que conquistar os três pontos em disputa recolocará a equipa de novo junto da torre de controlo para daí poder avistar mais facilmente o título.
Fazendo-se ao jogo concentrada e alheia ao ambiente inevitavelmente hostil, a equipa de José Peseiro é muito bem capaz de dar conta do recado.
Mas, atenção, o Benfica está muito forte e embalado por um enorme espírito de conquista e, também muito importante, sem baixas no pelotão que vai enfrentar o temível dragão.
Logo, mais à noite, estarão desfeitas todas as dúvidas a que agora se colocam.
Aguardemos.