08 fev, 2016
Apesar de a jornada ainda não ter terminado, uma bomba de grande potência rebentou já, e com grande estrondo, no estádio do Dragão.
O Arouca serviu de detonador e fica para a história por ter vencido ali, pela primeira vez, a que já se julgava mais capacitada equipa do Futebol Clube do Porto.
Mesmo sendo previsíveis grandes dificuldades para os dragões, como de resto tem acontecido quase sempre com as demais equipas que têm defrontado o conjunto orientado por Lito Vidigal, talvez ninguém apontasse para a derrota que veio a consumar-se.
Esfumaram-se assim alguns indícios que andavam no ar, de acordo com os quais a “era Lopetegui” estava a ser ultrapassada com sucesso, ainda que de forma lenta, mas muito sustentada.
Os fantasmas regressaram de novo e, de repente, o azul ficou carregado de cinzento, como que prenunciando maus dias para o que vem a seguir.
E o que vem a seguir é o Benfica, na próxima sexta-feira, no estádio da Luz, onde a época pode ficar irremediavelmente comprometida com o provável afastamento dos lugares de acesso à Liga dos Campeões, em caso de repetida derrota.
É verdade que os dragões podem encontrar num erro clamoroso do árbitro algumas atenuantes para o desaire sofrido frente ao Arouca.
Mas nem isso serve para desculpabilizar a exibição sem chama, sobretudo da segunda parte do jogo, de uma equipa onde algumas falhas individuais não chegam para deixar de também apontar o dedo ao colectivo.