26 nov, 2015
A comitiva do Benfica que se deslocou à longínqua cidade de Astana, no Cazaquistão, só teve conhecimento em pleno voo de regresso a Lisboa que estava garantido o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
Uma proeza alcançada a uma jornada do fim da fase de grupos, o que não acontecia há muito tempo ao clube da Luz, mesmo naquelas épocas em que dispôs de jogadores de mais elevada craveira e de um treinador de reconhecida dimensão nacional.
Com este salto, por muitos considerado impossível há alguns meses atrás, o Benfica garante a arrecadação de vinte milhões de euros, o que, para as dificuldades em que os clubes portugueses estão todos mergulhados, não deixa de ser um aspecto de inegável importância.
Fica a faltar o jogo com o Atlético de Madrid, também já apurado, o que nem por vir a ter como cenário o Estádio da Luz garante à equipa de benfiquista o primeiro lugar do grupo, o que permitiria acumular outra grande vantagem: a de ser cabeça-de-série para o próximo sorteio da UEFA.
Do desafio de ontem ,na distante capital do Cazaquistão, quatro destaques muito justos:
Raúl Jimenez, o homem do jogo, com dois golos marcados, Renato Sanches, mais um jovem "made in Seixal" que encheu o campo ,a que se juntou Gonçalo Guedes com uma exibição de qualidade.
E, por fim, Rui Vitória. Por entre muitas desconfianças vindas de dentro e de fora, e não obstante as muitas limitações com que se tem debatido, está a fazer o seu caminho com relevo especial para a carreira na Liga dos Campeões, colocando a equipa num patamar que lhe esteve vedado durante anos a fio.