09 out, 2015
Depois de termos andado vários anos vivendo por entre dúvidas que nem as calculadoras ajudavam a desfazer, a selecção portuguesa de futebol reservou ontem, em definitivo, lugar na próxima edição do Campeonato da Europa.
Os franceses, e os milhões de portugueses que com eles convivem todos os dias, têm por isso bons motivos para festejar esta notícia que correu o mundo e transporta consigo a certeza de que o futebol português deixará no país anfitrião, no próximo ano, o perfume que o tem mantido nos melhores lugares do ranking mundial.
Ganhar à Dinamarca representou a sexta vitória consecutiva da nossa selecção sob o comando de Fernando Santos, o timoneiro escolhido em boa hora pelo Presidente da Federação, mesmo arrostando com todas as dúvidas que o castigo trazido da Grécia implicava.
É verdade que o futebol exibido pelos nossos jogadores nem sempre permitiu que atingíssemos o deslumbramento, mas os resultados falam por si, e esse é o aspecto mais importante.
Depois de no Mundial de 2010, no Europeu de 2012 e, de novo, no Mundial em 2014 termos sofrido a humilhação de nos sujeitarmos a participar em play offs de risco, desta vez, ao contrário, a duas jornadas do fim da fase de apuramento, podemos avançar, sem preocupações, para o embate final, em Belgrado, com a Sérvia, há muito fora de todas as corridas.
Esta vitória é de todos, mas, principalmente, dos jogadores e de quem sabiamente os soube conduzir até esta hora de sucesso.
Uma vitória da unidade, reconhecida pelo nosso mais representativo jogador, o capitão Cristiano Ronaldo, que reafirmou a ideia de que a chegada de Fernando Santos à selecção foi, na altura, uma boa notícia.