Se Maxi Pereira fosse jogador do Benfica, teria sido expulso no clássico de domingo do Dragão. É este o sentimento de Paulo Olavo e Cunha, antigo presidente da Assembleia Geral dos encarnados, que em declarações a Bola Branca aborda a derrota do Benfica perante o FC Porto por 1-0.
Paulo Olavo e Cunha crítica o trabalho do árbitro Artur Soares Dias que, na sua opinião, estava condicionado por apitar um clube da sua cidade.
No entender do antigo dirigente, Maxi Pereira deveria ter recebido um segundo amarelo por uma falta mais dura cometida na segunda parte.
“Maxi Pereira fez uma segunda falta para cartão amarelo. Se o jogo não fosse no Porto e o árbitro não fosse do Porto, estou convencido que não acabaria o jogo. O árbitro não usou o mesmo critério o jogo todo e, com a camisola do Benfica, o Maxi teria sido expulso. Mas ele foi profissional e não foi por isso que o Benfica perdeu.”
Para Olavo e Cunha, os árbitros não deviam dirigir jogos de clubes da cidade onde vivem.
“Os árbitros não deviam apitar os jogos de clubes da sua cidade, porque a pressão é muito grande. Recordo o que se passou com Pedro Proença, em Lisboa, quando estava no activo. Foi barbaramente agredido. Não foi por isso que o Benfica perdeu, mas há aspectos do jogo que, depois, se podem tornar relevantes”, frisou.
"Espero que o treinador se consiga afirmar"
Nestas declarações a Bola Branca, o antigo responsável do Benfica analisa a exibição da sua equipa e entende que o Benfica também se pode queixar de si próprio, considerando que falta “carisma” a Rui Vitória.
“Seria bom que o Benfica fosse mais consistente. Espero que o treinador se consiga afirmar e há que dar o benefício da dúvida. Não é um homem muito carismático, mas também não é tão teimoso e vaidoso quanto o anterior. O Benfica tem de se consolidar e ter um fio de jogo mais certo e seguro. Na segunda parte, concedeu muito espaço mas é preciso não esquecer que estava a defrontar uma grande equipa”.
Na classificação, após cinco jornadas, o Benfica está a quatro pontos do FC Porto. Pode ficar à mesma distância do Sporting, se os leões venceram esta segunda-feira o Nacional, mas Olavo e Cunha afasta alarmismos. O campeonato ainda está no início.
“Não há alarmismo. Quatro pontos de atraso em relação ao Porto não são motivo de preocupação. Seriam se estivéssemos a cinco jornadas do fim”, concluiu.