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Mediterrâneo. Os lamentos não chegam

20 abr, 2015 • Nota de Abertura • Opinião de Nota de Abertura


Continuar apenas nesse registo configura uma espécie de racismo mitigado – que não suportaríamos se os afectados fossem de países ricos abatidos numa tragédia.

Sucedem-se os naufrágios no Mediterrâneo, dizimando milhares de vidas.
As vítimas são pessoas que, vivendo no desespero de um continente de guerras e doenças ignoradas, procuram a esperança. Disse-o, com clareza, o Papa Francisco: "São homens e mulheres como nós, irmãos que procuram uma vida melhor; famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras".
Além do socorro que dificilmente chega a horas, este drama reivindica prevenção - mediante uma atitude concertada e firme da comunidade internacional. De facto, os lamentos não chegam. E continuar apenas nesse registo configura uma espécie de racismo mitigado - que não suportaríamos se os afectados fossem de países ricos abatidos numa tragédia.
A alta representante da Política Externa da União Europeia já disse que os 28 têm "o dever político e moral" de dar resposta a esta crise. E explicou: "A União Europeia foi construída e é construída à volta da protecção dos direitos humanos, da dignidade humana e da vida da pessoa humana. Temos de ser consistentes com isto".
A estas palavras podemos acrescentar: Cada dia perdido é um dia de vergonha!
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