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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Opinião de Ribeiro Cristovão

​No topo do mundo

16 jul, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Numa final pouco emocionante no cenário deslumbrante de Moscovo, a França superiorizou-se à Croácia e passou a ser detentora do título de melhor selecção do mundo.

Mercê de um futebol muito calculista, ao jeito de Portugal no Europeu de 2016,e jogando quase sempre no erro do adversário, os comandados de Didier Deschamps lograram chegar ao topo conquistando o mundo do futebol que dificilmente teria apostado neste desfecho quando na Rússia foram dados os primeiros pontapés na bola.

A Croácia, grande surpresa e também, por isso, selecção sensação, caiu de pé.

O adversário era forte, tinha argumentos de peso para colocar em jogo no estádio moscovita, mas o primeiro erro de Mandzukichy também ajudou a lançar o pânico em Modric e seus pares, numa altura em que até ficava a sensação de que os jogadores do leste europeu teriam uma palavra importante a dizer até ao fim.

Daí o sentimento doce-amargo expresso por aquele que viria a ser considerado o melhor jogador do torneio.

Esta selecção croata, a aproximar-se lentamente do seu ocaso, chegou a um ponto antes considerado inatingível neste campeonato

Mas não houve no mesmo apenas boas surpresas. Também nos chegaram das outras, as más.

Alemanha, até ontem campeã em título, Argentina, Brasil e Espanha, o inicial lote de grades favoritos, regressaram a suas casas mais cedo, todos vergados ao peso de uma participação de baixo nível. A todos eles chegou também o sinal de que necessário reformular urgentemente o seu futebol, sob pena de não conseguirem tão cedo alcançar os patamares que já foram seus.

Das boas equipas presentes, o destaque maior segue direitinho para a Croácia, por uma honrosa presença na final, e para a Bélgica que apresentou na Rússia futebol de grande qualidade, que talvez lhe deveria ter permitido ir além o terceiro lugar.

Correram-se os taipais sobre um Mundial do qual não sobram grandes saudades. Daqui por quatro anos haverá mais, noutro local e provavelmente noutros moldes.

Entretanto, de permeio, teremos de novo o Europeu, no qual Portugal vai ter a pesada responsabilidade de defender o título que detém.

Veremos se o conseguirá.

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