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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Correr o pano

11 mai, 2018 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Irão misturar-se lágrimas de alegria e de desespero, e promessas de que para o ano tudo será feito no sentido de que a época possa correr melhor.

Após dez meses de luta intensa vai, finalmente, correr o pano sobre um campeonato do qual neste momento apenas se conhece o campeão.

E este, o Futebol Clube do Porto, já foi entronizado na sua própria casa, no último domingo, com reconhecida justiça.

E, como aqui já deixámos bem expresso ao longo destes dias, não podem subsistir dúvidas quanto aos méritos portistas: quase três dezenas de jornadas na liderança da classificação, conferem-lhe todo o direito de ter erguido a taça, e considerar-se superior a toda a concorrência.

O que está por decidir, e há ainda muitos pontos a esclarecer a diversos níveis, ficará a claro quando no domingo os relógios estiverem a marcar as oito horas da noite.

Aí se saberá quem é o detentor dos segundo e terceiro lugares, com as implicações, sobretudo de ordem financeira, que daí decorrem, o mesmo acontecendo às sempre dramáticas descidas de divisão, para as quais há ainda candidatos de sobra.

É verdade que Vitória de Setúbal e Estoril Praia estão em maiores dificuldades mas, das mesmas, não estão ainda isentos Feirense, Paços de Ferreira e Moreirense, todos eles envolvidos em jogos para os quais partem com reduzido grau de favoritismo.

Vamos ver de novo as cenas pungentes que as imagens nos oferecem por estas alturas.

Irão misturar-se lágrimas de alegria e de desespero, e promessas de que para o ano tudo será feito no sentido de que a época possa correr melhor.

Por enquanto não é tempo de proceder a balanços. A seu tempo eles serão feitos com oportunidade e com rigor.

Porém, há uma ideia que ressalta e que não sofre contestação: tivemos um campeonato demasiado agitado, com múltiplos casos cujas consequências não deixarão de se sentir no futuro, e ficou da nossa organização futebolística uma que não a engrandece, nem lhe empresta o brilho que se exigia a um campeão da Europa.

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