07 mai, 2018
A possibilidade de o Futebol Clube do Porto começar a festejar o título de campeão nacional na noite do derby de Alvalade não era uma previsão consensual, sabendo-se que tanto o Sporting como Benfica tinham especial interesse inteiramente positivo embora por razões diametralmente opostas.
Os encarnados tinham por objectivo garantir o assalto ao segundo lugar da classificação, enquanto os leões tinham em mente libertar-se de uma vez por todas da incómoda perseguição das águias e tomar assento numa posição que garante o acesso à cada vez mais milionária Liga dos Campeões Europeus.
Por esse lado, o empate registado em Alvalade deixou tudo em aberto e pendente até à jornada do próximo fim-de-semana. É verdade que o Sporting está mais próximo de se fixar no segundo lugar mas, para isso, não pode ceder um ponto sequer no jogo da Madeira.
Já o Benfica tem, primeiro, que conquistar dois pontos frente ao Moreirense e, depois, ficar a aguardar por esse desafio também muito importante para os leões.
No meio de tudo isto, e face à igualdade sem golos registada entre os dois velhos rivais de Lisboa, emergiu o Futebol Clube do Porto entronizado campeão quando ainda comodamente se encontrava instalado no sofá. É uma expressão corrente, mas verdadeira.
Daí para a grande festa foi um pequeno salto: a cidade Invicta vestiu-se de azul e branco e, na rua, um mar de gente vinda de todos os lados da velha urbe, extravasou um entusiasmo sem limites, que prosseguiu no sábado e teve ontem o seu grande epílogo no estádio do Dragão, onde foi possível registar momentos inesquecíveis que ficam para a história de clube habituado a vencer, e não se resignava com quatro de jejum que fazia aumentar a cada dia a sua ansiedade.
Sobre a justiça da vitória portista está praticamente tudo.
Sobre a mesma é visível até um consenso muito alargado, e ao qual apenas podem escapar espíritos pouco preparados para aceitar o triunfo dos seus adversários.
O dia D do Futebol Clube do Porto ainda vai continuar por mais uma semana.