19 abr, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Há muita coisa que comemos sem saber. Que até nos sabe bem, mas mal sabemos o que para ali vai.
Mas, na verdade, a espécie humana está entregue aos bichos: são 900.000 espécies de insetos, voadores e rastejantes. Dos besouros da floresta amazónica – que chegam a atingir 20 centímetros de diâmetro - aos ácaros que se juntam aos 20.000 por cada grama de pó na sua casa.
De acordo com o Sur, um jornal diário da Andaluzia, "o facto de não consumirmos insetos de forma consciente não significa que eles não invadam a nossa alimentação". Mais vezes do que pensamos.
Por exemplo, um copo de sumo de laranja natural pode conter cinco moscas da fruta, 100 gramas de espinafre congelado podem conter 50 ácaros, pulgas ou, quem sabe, uma lagarta.
Dito assim parece indigesto. Mas pode ter a certeza de que nada disto faz mal à saúde.
Caso contrário, o que seria dos asiáticos?
Nas ruas de Banguecoque, a capital da Tailândia, é frequente encontrar vendedores de insetos, normalmente oriundos de locais onde a produção agrícola deixou de ser rentável por causa das alterações climáticas.
E como levar a vida? Oferecendo toda uma nova experiência aos turistas: um saco de grilos custa 35 cêntimos.
E quando os grilos são transformados em farinha para fazer pão? Em novembro de 2017, uma cadeia de padarias da Finlândia lançou o primeiro pão feito a partir de farinha de grilo. O jornal Público conta que cada unidade tem 70 grilos e custa quatro euros. E o segredo está na proteína.
Por cada ser humano na Terra, há uma média de 200 milhões de insetos. E, por mais que a ideia lhe desagrade, há um ou outro que acaba mesmo por nos cair no prato.
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