18 abr, 2018
Seria digno, sem dúvida, de uma final antecipada da Taça de Portugal, o jogo entre Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto. É um lugar comum sempre que se repetem embates deste teor. Mas a verdade é que apenas se trata de uma meia-final, havendo uma outra à qual deve igualmente ser dada a importância que merece.
Trata-se do Caldas Sport Clube-Clube Desportivo das Aves, para o qual a equipa nortenha parte com um golo de vantagem, curiosamente o que também acontece com outra equipa vinda da mesma região do país.
Não há favoritos antecipados em ambos os casos, ainda que haja necessidade de considerar circunstâncias especiais.
No caso das Caldas da Rainha, mora ali um grupo que milita apenas no terceiro escalão do futebol português, o que pode conferir-lhe o título de menos favorito. Nada mais injusto.
Os caldenses têm uma grande oportunidade e, jogando com o apoio do seu público, tudo irão fazer para não a desperdiçar. Portanto, a formação avense, a frequentar a divisão principal, que se cuide.
Em Alvalade também não há vencedor antecipado.
Mas não deixa de ser verdade que os dragões trazem para ali um golo de vantagem, e passaram a ter a almofada de uma vitória na Luz, onde se alcandoraram ao topo da classificação.
Só que para os leões este parece ser o derradeiro objectivo, sabendo-se como o campeonato é bem pouco mais do que miragem.
Jorge Jesus insiste em dizer que os seus jogadores estão no limite da resistência física, o que Sérgio Conceição está longe de admitir em relação aos seus. E este é um dado que pode vir a ser decisivo.
Seja como for, estamos perante mais um momento empolgante de uma temporada que teima em não se tornar sensaborona. Oxalá os jogos das Caldas e de Alvalade correspondam a esta expectativa.